HISTÓRIAS DO ALÉM-TÚMULO A MULHER DE BRANCO (I) Olá, amigo! Apesar de um pouco atrasados segundo prometemos, trazemos até você uma história super-interessante e arrepiante. Mas, avisamos, que você deverá ter um bom preparo emocional para acompanha-la, pois não é para os fracos. Dividiremos o conto em alguns capítulos porque é extenso, mas vale a […]
Por Celso e Mariana 26 min de leitura
HISTÓRIAS DO ALÉM-TÚMULO
A MULHER DE BRANCO (I)
Olá, amigo! Apesar de um pouco atrasados segundo prometemos, trazemos até você uma história super-interessante e arrepiante. Mas, avisamos, que você deverá ter um bom preparo emocional para acompanha-la, pois não é para os fracos.
Dividiremos o conto em alguns capítulos porque é extenso, mas vale a pena ver até o final, como se fosse um filme que você não quer perder o final nem que a vaca tussa!
O primeiro capítulo, o de hoje, configuraremos como introdução, leitura leve, um preparo para os próximos capítulos que, à medida que avançam, irão se intensificando em reviravoltas, emoções e “arrepiações”.
Tentaremos, divulga-los a cada dois ou três dias no máximo. Intercalaremos, pelo menos, um dia entre um capítulo e outro para que você possa respirar. Mas, se você tem coração fraco não leia esta história, pois ela produz calafrios e fortes emoções até nos mais fortes.
RÁDIO TUPY
Esta rádio, do Rio de Janeiro, abrangia o território inteiro do Brasil.
É um causo que acompanhei no rádio em uma rádio-novela da Rádio Tupy chamada de INCRÍVEL, FANTÁSTICO, EXTRAORDINÁRIO levada ao ar à meia-noite das sextas-feiras, nos tempos da minha infância (1960).
Os vizinhos se reuniam em nossa casa, no bar do meu pai, para escutar no rádio, histórias macabras de fantasmas, almas penadas e seres sobrenaturais que rondavam, de modo espectral, as noites de lua cheia. Meu pai gostava daquelas histórias assustadoras de visagem, aparições e assombrações que metiam medo.
Meu pai era esperto: convidava os vizinhos e amigos, que lotavam o bar e, enquanto acompanhavam as histórias fantasmagóricas no rádio, consumiam bolinhos de carne, ovos em conserva e outras especiarias com cerveja e mais algumas bebidas. Isso gerava mais lucros para o bar.
Talvez, alguém aí, do tempo dos dinossauros, ainda lembre da Rádio Tupy que dominava os ares radiofônicos do Brasil, e possa ajudar-me a lembrar de mais detalhes da história que lhes contarei porque eu era criança e posso ter esquecido alguns detalhes.
Os artistas da rádio, que interpretavam os personagens e a história, o faziam de tal modo que parecia ser mesmo real tudo o que relatavam com o agravante de o cérebro do ouvinte produzir imagens aterrorizantes fazendo tudo assemelhar-se à uma realidade apavorante muito mais intensa do que quando se assiste a um filme no cinema ou na tv.
O mesmo efeito acontece quando se lê um livro e depois o mesmo assunto é abordado num filme. Sempre a leitura é bem melhor que o filme porque a mente fornece as melhores e mais ricas imagens.
Lembro que alguns dos amigos do meu pai não queriam voltar sozinhos para casa, pois ao sair porta afora na escuridão, tinham a nítida impressão de estarem sendo observados pelas visagens da rádio-novela.
PERSEGUIDO POR FANTASMAS
Meu pai improvisava alguns colchões e os medrosos, tomados pelo medo, dormiam lá no bar, mas antes de dormir, lascavam mais algumas pingas goela abaixo que era prá espantar as visagens e, só no dia seguinte, voltavam para as suas casas.
Lembro que meu pai cobrava uma pequena taxa pelo pernoite de cada um deles. Ah, esse meu pai era um gênio, ganhava dinheiro até dormindo!
DORMINDO NO BAR.
Vários deles relatavam que não puderam dormir direito e, se dormiam, tiveram pesadelos. Isso é facilmente explicado porque o cérebro leva várias horas para dissipar, “mastigar” e elaborar as impressões recebidas pouco antes de a pessoa dormir.
Por isso é aconselhável não levar impressões ruins para o sono, como brigas, desavenças, nervosismos, ansiedades, ver ou ouvir histórias de terror, pensar em dívidas, etc.
Até aqui, tudo foi introdução, a história vem a seguir!
Vamos à história.
A novela radiofônica era precedida por vários sons macabros: “Uuuuaaaaiiiichchchpécpéc aaauuuuuuuu, gemidos apavorantes e… só depois disso a história era anunciada e começava a narração.
Eram dois irmãos, Léo e Argel, fanáticos de carteira assinada por bailes e farras, nunca perdiam um baile sequer, nem que chovesse canivetes abertos.
SALÃO DE BAILE.
SALÃO DO MORRO
Um dos bailes preferidos era o chamado Baile Furacão, no Salão do Morro, numa comunidade interiorana, que distava uns doze quilômetros da vila onde moravam.
Léo, o mais velho dos irmãos, com 25 anos de idade, nunca havia namorado nenhuma moça, não conseguia se apaixonar por ninguém, pois sentia um vazio no seu coração que não conseguia compreender.
Sempre tinha pesadelos repetidos nos sonhos, com uma mulher jovem que lhe aparecia nitidamente como um relâmpago e rapidamente desaparecia. Ele tinha a impressão que em algum momento da sua vida a conhecera, mas não conseguia lembrar quem era ela. Aquela visão o maltratava emocionalmente e o levava à uma contínua depressão.
Consultou médicos e psicólogos, mas nenhuma explicação lógica foi encontrada!
O CALHAMBEQUE DE LÉO.
Naqueles tempos, este calhambeque até que era moderno.
Tinha um calhambeque (carro antigo) que servia perfeitamente para sua locomoção.
Chegou o dia de sábado, o baile iniciaria às dez horas da noite com a “BANDA TERREMOTO”.
Lá pelas nove horas da noite embarcaram no automóvel e rumaram em direção ao salão por uma estradinha de terra morro acima
Em certo ponto da estrada, lá pela metade do caminho, em uma curva, os faróis iluminaram uma mulher vestida de branco com luvas brancas segurando um casaco também branco nas mãos, uma jovem bonita que pedia carona.
MOÇA PEDINDO CARONA
– Prá onde você vai, moça?
– Vou ao baile, me dá uma carona?
– Você está sozinha?
– Sim, estou sozinha!
De início Léo estranhou a situação da moça, sozinha, à noite, na estrada, esperando carona para o baile.
Léo mandou seu irmão para o banco traseiro pois queria acomodá-la no banco dianteiro para poder conversar um pouco.
A jovem acomodou-se e colocaram o casaco no banco traseiro.
Ela mostrou-se gentil, educada, bondosa, inteligente e identificou-se como Mariazinha das Sombras, impressionando Léo. Quando ela entrou no automóvel, Léo não viu direito o rosto da passageira, mas sentiu um arrepio, porém, resolveu ignorar o fato diante da possibilidade de conversar com ela de modo natural.
Se você tem coração fraco não leia esta história, pois ela produz calafrios até nos mais fortes.
Continua.
Abraços arrepiantes de Celso e de Mariana!
Não dá arrepios, saber que daqui a 120 anos, todos os quase nove bilhões de humanos que hoje vivem estarão no cemitério, inclusive você?