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REVOLUÇÃO FEDERALISTA 45

O RESGATE. Em 1895 a Expedição da Amizade resgata o corpo do barão. O Barão do Serro Azul e outros cinco homens foram fuzilados no quilômetro 65 da Serra do Mar na noite de 20 de maio de 1894. Passados cinco dias, o coronel Ordine, junto com seis homens, foi ao local para dar ao […]

Por Jornal Liberdade 7 min de leitura

O RESGATE.

Em 1895 a Expedição da Amizade resgata o corpo do barão.

O Barão do Serro Azul e outros cinco homens foram fuzilados no quilômetro 65 da Serra do Mar na noite de 20 de maio de 1894. Passados cinco dias, o coronel Ordine, junto com seis homens, foi ao local para dar ao menos um enterro digno a eles. Os corpos já haviam sido mexidos, estavam sem joias e alguns, inclusive, sem sapatos. Ordine narra que havia vestígios, no corpo do barão, de dois tiros: um na coxa da perna direita e outro no olho. Depois de feito o reconhecimento dos seis mortos, foram enterrados na serra em posições diferentes, já se pensando em uma chance de levar o corpo do barão para um sepultamento mais respeitoso, junto com o corpo do negociante Presciliano Corrêa (que era amigo do barão). Ambos ficaram à direita dos trilhos do trem. O primeiro termo de inumação foi lavrado no dia 25 de maio de 1894.

TUMULO DO BARÃO EM CURITIBA.

O assunto, a partir de então, foi abafado na sociedade paranaense. O governador da época, Francisco Xavier da Silva, estava doente e quem havia assumido o cargo era Vicente Machado. “Os políticos fizeram de tudo para que a morte do barão fosse esquecida. Por 40 anos o caso era tido como inexistente porque de 1908 a 1930 há um único partido no Paraná que domina o cenário político sem oposição (e é uma continuidade dos grupos anteriores 

BARÃO E BARONESA.

O Barão e a baronesa eram primo-irmãos. Naqueles tempos o casamento entre parentes era perfeitamente aceitável pela sociedade. O nome dela era Maria José Correa e nasceu em Paranaguá.

 Recapitulando: o barão foi fuzilado na Serra e o corpo ficou abandonado no local; seus amigos foram até lá e o enterraram ao lado da linha do trem; a baronesa, depois de um ano do acontecido queria trazer o corpo para Curitiba; os políticos deram contra, e agora os amigos vão ter que fazer um plano para buscar o corpo lá na serra. 

Como vimos, a política daqueles tempos era truncada e tendenciosa, foi difícil o resgate do corpo do barão e é isso que veremos adiante. (Continua)

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!