CROTERA
Faz muitos anos que, em algumas estâncias localizadas à beira dos caminhos e rotas de estradas e vias férreas estas casinhas chamadas CROTERAS foram construídas para dar abrigo aos caminhantes chamados de LINYERAS, pessoas que vagavam de região para região sem rumo certo, sem emprego fixo, sem moradia fixa e sem família. LINYERA. Os […]
Por Celso e Mariana 13 min de leitura
Faz muitos anos que, em algumas estâncias localizadas à beira dos caminhos e rotas de estradas e vias férreas estas casinhas chamadas CROTERAS foram construídas para dar abrigo aos caminhantes chamados de LINYERAS, pessoas que vagavam de região para região sem rumo certo, sem emprego fixo, sem moradia fixa e sem família.
LINYERA.
Os linyeras podiam ser jovens ou velhos, mas sempre andavam sozinhos, preferiam a solidão ao convívio social.
Os linyeras andavam em longos trechos a pé e viajavam escondidos em trens e desembarcavam aqui e ali, não tinham trabalho e nem queriam trabalhar, queriam liberdade, independência e solidão e nunca ficavam muito tempo num só lugar. Eram os que hoje chamamos de vagabundos solitários nômades ou qualquer outro nome que se queira dar-lhes.
CROTERA.
Os linyeras quando se locomoviam para outros lugares, deixavam os travesseiros e cobertores na crotera onde se abrigaram, dizem alguns que era para não carregarem peso que atrapalhariam nas viagens de andarilhos e, outros, dizem que era para abrigar os próximos linyeras que ali chegassem.
UMA CROTERA MAIOR.
Essa era um pequeno cômodo que tinha até fogão para aquecer e cozinhar.
O nome LINYERA, provavelmente originou-se de “LINGERIE”, vocábulo francês destinado a designar a roupa interior que tinham em seus pertences pendurados nos ombros aos quais os italianos denominavam “lingera”.
E também portavam a “bagayera”, palavra derivada do Espanhol que significada bagagem e do Italiano “bagaglio! Que significava equipamento. Esta é uma amarração de tamanho menor onde guardavam a panela e a chaleira, e dentro delas os seus talheres, o mate com a sua lâmpada e um prato esmaltado, cuia, bomba de chimarrão, erva-mate e apetrechos para cozinhar –
CROTERA ADAPTADA.
Alguns colonos de boa alma adaptavam pequenas estufas de erva-mate ou de fumo para os linyeras.
Hoje também há muitos andarilhos perambulando pelas estradas e cidades e ainda há quem lhes forneça alimentos e abrigo. Grande parte destes, igualmente àqueles, não querem morada fixa e nem trabalho. Se consideram livres e independentes porque não tem compromisso com nada, não pagam impostos, não pagam água, luz e gás e nenhuma despesa com a moradia e não estão abaixo de ordem de nenhum patrão. Os linyeras podiam ir para qualquer lugar e quando quisessem. Para eles a liberdade estava acima de tudo.
Suas histórias de vida anterior àquela de vida nômade variavam de um para outro. Alguns foram abandonados pela família, outros influenciados por amigos, outros desprezados pelo ambiente social onde viviam, outros, doentes não conseguiam fazer nada útil, outros, cederam às drogas e aos vícios e nunca mais se recuperaram. Outros experimentaram a vida nômade, libertos de compromissos quaisquer relacionados às regras impostas, e preferiram a liberdade. Assim, além desses, tantos outros motivos motivaram-nos a esse tipo de vida. Não há um julgamento parametrado que defina o grau de culpa de cada um apesar de algumas vezes estarmos racionalmente certos. Sempre que julgarmos alguém, pode ter certeza, o estaremos conceituando apressada e inconsistentemente.
Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!
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