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ESTRADA DONA FRANCISCA 13

CURIOSIDADES *IMPORTÂNCIA. A Estrada Dona Francisca foi a segunda estrada carroçável do Brasil. Ela e a União e Indústria de Rio de Janeiro a Juiz de Fora, durante anos, foram as mais importantes rodovias da América Latina. FOTO 1. FILA SEM FIM. Na foto, um lugar de descanso para os carroceiros que transitavam na serra. […]

Por Jornal Liberdade 9 min de leitura

CURIOSIDADES

*IMPORTÂNCIA. A Estrada Dona Francisca foi a segunda estrada carroçável do Brasil. Ela e a União e Indústria de Rio de Janeiro a Juiz de Fora, durante anos, foram as mais importantes rodovias da América Latina.

FOTO 1. FILA SEM FIM.

Na foto, um lugar de descanso para os carroceiros que transitavam na serra.

  O número de carroças que descia e subia a serra era muito grande. Muita gente daquela época comentava gostava de olhar aquela enorme fileira de carroções que parecia não ter fim. 

 CURVAS. As curvas na serra não são as mesmas desde os primórdios. Querendo entender essa questão, visitamos e falamos com vários descendentes (netos, bisnetos e outros com parentesco ainda mais antigos) dos imigrantes que trabalharam na estrada e, alguns deles, nos garantiram que, com o passar do tempo, o trajeto foi alterado, endireitado e alargado. Uma família que mora na serra nos mostrou onde passava a antiga estrada: várias vezes, atravessava o atual asfalto, desde o barranco até bem perto do grotão e vice-versa. Obviamente, as grandes retas de hoje, não existiam. Os construtores da estrada apenas endireitaram o caminho das mulas. Tempos depois, foi alargada para o tráfego de carros e caminhões e, finalmente, a camada asfáltica eliminou muitas curvas.

 ENGENHEIROS. Vários engenheiros foram responsáveis pela construção da estrada que iniciou em 1858, foi interrompida pela Guerra contra o Paraguai, durante seis anos – 1864 -1870 – e foi concluída em Rio Negro (Mafra) em 1895. O primeiro engenheiro foi Carl August Wunderwal, seguindo-se Carl Pabst, João de Souza Melo Alvim, Dr. José Arthur Murinelli, Eduardo José Morais, Étienne Douat, Riques e, finalmente, Lovis Foulois. Este último estabeleceu acampamento em Rio Negrinho, no encruzo da estrada sobre o rio, na confluência das hoje, ruas dom Pio de Freitas e Rua do Seminário. Este acampamento deu origem à cidade de Rio Negrinho, fato que relataremos em edições futuras. Nestes 37 anos, a estrada custou aos cofres do Império a quantia de 600 milhões de Réis (Seiscentos Contos).

FOTO 2. SINDICATO DOS CARROCEIROS

Em 1897, novecentos carroceiros de São Bento e região fundaram o seu sindicato, “Die Vereinichten Fuhrleute” (Os Carroceiro Unidos). Esse número retrata muito bem de como era a fila de carroças subindo e descendo a serra. (Continua).

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!