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GRATIDÃO X INGRATIDÃO

Se você é sensível e emotivo, não leia esta história

Por Celso e Mariana 17 min de leitura

ALERTA: Se você é sensível e emotivo, não leia esta história.

Um fazendeiro, conhecido como Jucão, fez uma longa viagem tocando sua boiada pelas estradas e campos durante quase 20 dias para vendê-la numa paragem distante.

Viajando em longas distâncias tocando gado. Assim era o procedimento em tempos antigos.

Estava acompanhado dos seus peões de confiança e do seu cachorro Duque, fiel companheiro, que ajudava a reunir as cabeças de gado que se dispersavam durante a viagem, prestando, assim, um precioso serviço ao seu dono.

Duque corria alegremente ao lado do seu dono

 Ele, o fazendeiro, viajava confortavelmente montado no seu cavalo, enquanto que o cachorro tranquilamente, corria ao lado do eqüino.

Duque prestava preciosa ajuda reunindo o gado disperso

 O cão, grande e forte, já havia salvo seu Jucão de morte certa durante um assalto pulando ferozmente sobre o bandido, mordendo-lhe a mão que segurava o revólver, arriscando a própria vida para salvar a do fazendeiro que teve tempo suficiente para saltar sobre o criminoso dominado pelo cão e arrebatar-lhe a arma.

 A venda dos animais foi um sucesso. Conseguiu um bom preço pelas mil cabeças de gado, pagou seus empregados mais as despesas diversas da viagem.

Empreendeu a viagem de volta sempre acompanhado de Duque. Trazia seu alforge – uma bolsa de couro amarrada ao lado do cavalo – cheio do dinheiro da venda dos animais.

Depois de uns 5 dias de viagem, o cão mostrou-se estranho. Sem motivo aparente, pulava na frente do cavalo atrapalhando seu trote, latia em alto volume quase sem parar, mordia a perna do cavalo como que para impedi-lo de andar.

Jucão nunca havia presenciado tal comportamento do seu amigo canino. Ralhou em voz alta com o cachorro, ameaçou, gritou, estalou o chicote, desceu do cavalo e deu uns chutes no animal, fez de tudo para que o bicho parasse com aquela loucura, mas nada adiantou. Sempre que montava no cavalo para seguir viagem, Duque reiniciava o estranho comportamento. Assim foi, até que Jucão, enraivecido não viu outra maneira de livrar-se daquela incômoda situação, senão matando seu cão com um tiro, mesmo porque, o bicho poderia estar acometido de uma doença raivosa, por exemplo, pondo em perigo a vida do cavalo com suas mordidas. Sacou sua garrucha e atirou no cão que caiu ensanguentado na poeira da estrada.

O cão, atingido pelo projétil, caiu ensanguentado na poeira da estrada.

Jucão seguiu viagem sentindo enorme pena pela trágica perda do seu fiel companheiro de tantos anos.

Duque ainda não estava morto. Enquanto Jucão seguia viagem, Duque, arranjando forças que lhe restavam, arrastou-se na estrada voltando em longo trecho.

Mais adiante, Jucão parou numa bodega à beira da estrada para tomar uns tragos e descansar um pouco.

Quando foi até o cavalo pegar o dinheiro para pagar a conta, viu que seu alforge não estava lá. Imediatamente percebeu que o havia derrubado em algum ponto da estrada. Montou feito louco no cavalo e, numa corrida ainda mais louca, voltou acelerando quanto podia. Há uns quatro ou cinco quilômetros atrás, lá estava seu Duque ensanguentado, deitado, ofegante, no meio da estrada sobre o alforge, prestando seu último serviço, protegendo o dinheiro do seu amado dono, como gratidão pelos tantos anos que foi tão bem tratado por ele.

No instinto de fidelidade e gratidão, Duque protegia o alforge

Jucão pulou do cavalo, tentou socorrer o pobre fiel companheiro de tantas jornadas e de tantas alegrias, porém, o cão, num gesto carinhoso, lambeu-lhe as mãos com as últimas forças que lhe restavam e, num derradeiro olhar de gratidão fechou os olhos para sempre.

Último gesto, último esforço, último carinho. Duque lambeu a mão do seu dono.

Jucão, deitou ao lado do seu herói, abraçou-o, e chorou amargamente durante longo tempo e só levantou-se quando o corpo do animal esfriou completamente. Ainda com o rosto banhado em lágrimas, com muito custo enterrou-o à beira da estrada.

Hoje, quem por lá passa, vê um pequeno monumento de madeira com uma inscrição talhada à canivete: DUQUE, MEU FIEL E ETERNO AMIGO.

A gratidão é um dos mais nobres sentimentos com o qual Deus agracia os animais e as pessoas.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!


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