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O MILAGRE DO PÉ DE CEDRO

 JESUS DIANTE DE PILATOS Lá em baixo, no meio dos morros, está a cidade de Liberdade, MG e foi lá que desenrolou-se a história que vamos narrar. A história que hoje contaremos é de arrepiar. Se agarre! Sabemos que a maioria dos leitores não gosta de textos longos, por isso, tentaremos resumir o quão possível […]

Por Celso e Mariana 1 min de leitura

 JESUS DIANTE DE PILATOS

Lá em baixo, no meio dos morros, está a cidade de Liberdade, MG e foi lá que desenrolou-se a história que vamos narrar.

A história que hoje contaremos é de arrepiar. Se agarre!

Sabemos que a maioria dos leitores não gosta de textos longos, por isso, tentaremos resumir o quão possível a história.

Somente apresentaremos o âmago do conteúdo, mas pedimos encarecidamente que o leitor leia tudo, com calma, até o fim, para que a história tenha valido a pena.

Liberdade, cidade pequena, pacata e linda.

Na cidade de Liberdade, MG, desde o dia 01 até o dia 30 de Setembro, em todos os anos, no Santuário Basílica Bom Jesus do Livramento, acontece a festa de Jubileu do Senhor Bom Jesus do Livramento que originou-se de um fato milagroso em 1720, história que contaremos logo adiante.

No dia 14 acontecem as festividades com festa litúrgica em exaltação da santa cruz e  grande comemoração com grandiosa procissão luminosa.

REFERÊNCIAS AO MILAGRE.

Nós, (Celso e Mariana) já tínhamos ouvido falar do tal milagre acontecido numa cidade mineira chamada Livramento.

Procuramos essa cidade por vários anos, mas ninguém a conhecia e nos diziam que tal cidade não existia em Minas Gerais e nem no mapa constava.

Resolvemos fazer uma varredura de Norte a Sul daquele imenso Estado brasileiro. Até que um dia chegamos em São João de Rey e resolvemos entrar na belíssima Igreja da Terceira Ordem de São Francisco de Assis. Nas viagens anteriores à mesma cidade, já havíamos visitado esta igreja, mas apenas como simples turistas, sem maiores pretensões e prioridades.

IGREJA DA TERCEIRA ORDEM DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS – SÃO JOÃO DEL REY – MG. Nos fundos há um cemitério onde está o túmulo de Tancredo Neves.

 Anexo à ela vimos um salão e não sabíamos que era destinado somente aos chefões da ordem e que era proibido entrar ali. Entramos curiosos e, de repente, apareceu um padre perguntando o que desejávamos pois ali a permanência era restrita.

Nos apresentamos e dissemos que vimos a porta aberta e não imaginávamos que era proibido.

Como que adivinhando nossos desejos, o padre voltou a perguntar se procurávamos algo especial em nossas viagens.

Respondemos que há muito tempo procurávamos a cidade de Livramento onde um acontecimento milagroso havia acontecido há muitos anos e estávamos curiosos para verificar os fatos.

O padre disse que sabia onde era o lugar que procurávamos, mas o nome da cidade, há muito, fora trocado para Liberdade que ficava no sul de Minas Gerais e nos orientou como chegar lá pelo caminho mais curto.

No outro dia, chegamos em Liberdade (com população, hoje, beirando os cinco mil habitantes) e procuramos o Santuário do Senhor Bom Jesus do Livramento para obter informações.

LIBERDADE, ASPECTO PARCIAL.

Fomos atendidos pelo senhor Murilo que executava serviços para a paróquia de modo espontâneo sem remuneração.

Santuário do Senhor Bom Jesus do Livramento, em Liberdade, onde o SR, MURILO nos recebeu.

PRAÇA NO CENTRO DE LIBERDADE.

ENTORNO DA BASÍLICA.

O Senhor Murilo, com muita solicitude, de imediato se prontificou a nos levar onde tudo começou, na fazenda de Covanca, a 5 km afastada do centro da cidade. E, lá fomos conhecer a história desde o começo.

FAZENDA DA COVANCA. Aqui tudo se iniciou.

É melhor você se arrepiar sentado. Os detalhes são fatos verdadeiros que fizemos de tudo para comprová-los, e depois de muita correria, entrevistas, visitas, relatos, fotos, documentos, escritos antigos, observações e análises, estamos convencidos e podemos afirmar que, o que vamos narrar, é genuinamente verdadeiro.

VARGEM DA IMAGEM leva este nome devido ao milagre do pé de cedro

Sr. Murilo nos leva até a capela de Vargem da imagem. Esta é a entrada.

Sr. Murilo nos conta pacientemente os detalhes da história da construção da capela.

Dentro da capela está o cepo do pé de cedro que originou a história que vamos contar.

E, agora, vamos à história.

– Estão sentados? Então lá vai!

Em 1720, imigrantes europeus fundaram um povoado, em um dos Vales da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais. Eram em maioria agricultores. Um dos imigrantes, dono de uma fazenda a 5 quilômetros afastada do centro do povoado, resolveu fazer uma grande plantação e para tal mandou seus empregados atear fogo no mato a fim de limpar a área para a roça. 

. As grandes e furiosas labaredas queimaram tudo o que pela frente encontraram, mas extinguiram-se rápida e misteriosamente a uns 15 metros de distância ao redor de um grande pé de cedro. A mesma cena repetia-se em todas as queimadas. O fogo não chegava a chamuscar uma única folha do gigante vegetal.

Com muita estranheza, comunicaram o fato ao fazendeiro que forneceu machados afiados aos empregados com a ordem de derrubar o pé de cedro.

Todo o esforço foi infrutífero porque os machados não entravam no lenho.

Voltaram ao fazendeiro para relatar os fatos, mas o fazendeiro não acreditou e resolveu acompanhá-los, e pessoalmente lançou seu machado contra o tronco da árvore não conseguindo penetrá-la nem um centímetro

Assustado e admirado logo reconheceu que aquilo significava uma mensagem divina.

Então, fez uma promessa:

– Se conseguirmos derrubar o pé de cedro, o levarei até o pátio da capela do povoado para ser aproveitado da melhor maneira possível.

 E, na tentativa seguinte o madeiro veio abaixo com muita facilidade em poucos minutos!

No outro dia, o fazendeiro atrelou a tora a alguns fortes bois que a arrastariam até a igrejinha. Mas…

  Aqui, mais um fato, no mínimo curioso: Os bois arrastaram o tronco até a igreja, mas levaram uma semana para concluir o trajeto de cinco quilômetros, pois a cada quilômetro percorrido as dificuldades de toda ordem aumentavam misteriosamente.

Os bois andavam um pouco e paravam, andavam mais um pouco e paravam, assim, aos trancos, percorreram o primeiro quilômetro.

Mais à frente, o tronco desamarrou-se, tiveram que amarrá-lo novamente. Houveram muitos entraves estranhos e toda a ordem de dificuldade. Depois de muita luta, após uma semana conseguiram chegar ao pátio da capela para descarregá-lo e lá o deixaram.

 Os responsáveis pela capela, há tempo desejavam uma imagem para o altar da capela, mas as imagens, naquela época, eram trazidas da Europa e custava muito caro importá-las.

O pessoal da igreja, quando deparou com o tronco, imediatamente viu a possibilidade de fazer dele uma imagem esculpida, só que não havia nenhum escultor naquelas bandas, talvez em centros maiores. Era um caso a ser estudado.

 Estavam eles ao redor da tora, planejando como transformar aquela árvore numa imagem, quando apareceu um senhor idoso que apresentou-se como escultor e marceneiro que disse chamar-se José e perguntou-lhes se queriam que aquele tronco se transformasse em uma imagem de “Jesus diante de Pilatos”.

O espanto foi geral, pois era exatamente essa a questão sobre a qual discutiam naquele momento.

Ainda incrédulos perguntaram ao homem se realmente ele conseguiria esculpir uma imagem de Jesus Cristo.

A resposta foi afirmativa.

– Mas quanto isso vai nos custar?

–  Façamos assim: Se o trabalho for bom, paguem-me o quanto desejarem. Se não for, não cobro nada!

– E de quais ferramentas o senhor precisa?

– Já as tenho: este serrotinho e este enxó! (Enxó é uma pequena enxada curvada que serve para escavar, desgastar e alisar madeira).

O pessoal estranhou que com tão poucos instrumentos de marcenaria o ‘velhote” fosse capaz  de levar a efeito tamanha tarefa, porém, até que ele parecia estar em boa forma, enfim, ficou pelo “vamos ver no que vai dar”!

O velho marceneiro exigiu que o trancassem com o madeiro dentro da igreja para que ninguém o incomodasse e assim foi feito. Largaram o idoso lá dentro sozinho com o tronco do pé de cedro chavearam a porta.

Passaram-se três dias sem que ninguém ao menos escutasse algum som dentro da igreja acusando o desenrolar do trabalho. Silêncio total!

Imaginaram que o velho havia morrido e às pressas abriram a porta e entraram.

Um grande susto, uma grande surpresa, um enorme espanto! Em completa perplexidade e descomunal desencadeamento de incontroláveis emoções todos caíram de joelhos diante da magnífica e perfeitíssima figura em tamanho natural representando Jesus Cristo diante de Pilatos.

De imediato o susto foi muito grande porque o que viram, com os corações batendo a mil, era o próprio Jesus Cristo, um homem de carne osso, uma pessoa imóvel, mas viva.

Refeitos do choque inicial, perceberam que era uma estátua, difícil acreditar, mas era!

Ninguém conseguia explicara coisa nenhuma.

Ninguém foi capaz de balbuciar qualquer palavra conexa ou desconexa porque a voz não saía.

Deus do céu! Não é possível! Ele está vivo!

Como alguém, sem ferramentas especiais, pode transformar um simples lenho em uma obra de arte digna e talvez até mais perfeita que as de Miguel Ângelo e concluída em apenas três dias?

A magnífica obra de maneira nenhuma parecia ser feita por um ser humano por mais habilidoso que fosse.

Alguém do grupo, ainda pasmo e com muito esforço e voz trêmula, lembrou:

– Cadê o artista?

Novo espanto! Olharam ao redor, não havia ninguém além deles mesmos! Procuraram por todos os cantos sem encontrar nenhum vestígio do autor.

Mas, como? A porta da igreja estava chaveada por fora e todas as janelas trancadas por dentro e nada indicando que ele pudesse ter saído por algum lugar. Impossível aquele homem ter-se evadido do local a não ser que evaporou!

Saíram da capela providenciando procurá-lo. Em nenhum lugar do lugarejo o encontraram. Mandaram cavaleiros até cidades e fazendas próximas, mas nada, nenhuma notícia, ninguém o havia visto em lugar nenhum!

Depois de muito disque-disque, chegaram a conclusão fora da lógica que o homem simplesmente “evaporou”!  

Vieram especialistas do ramo da escultura, analisaram a estátua e concluiriam ser impossível um ser humano com apenas um pequeno serrote e um enxó ter esculpido aquele monumento celestial, e pior – em apenas três dias – até o melhor dos escultores levaria pelo menos seis meses para fazer um trabalho parecido.

Depois, todos reunidos, não tiveram como não reconhecer que aquele milagre saíra das mãos do próprio Pai de Jesus: São José! Era ele mesmo, o marceneiro autor da obra!

Lá, na fazenda de Covanca, ainda é conservado o cepo do pé de cedro exatamente no mesmo lugar onde a árvore foi abatida. No local, chamado VARGEM DA IMAGEM, foi construída uma capela, contendo dentro dela o cepo que está protegido por vidros à prova de bala porque já houveram atentados contra ele e tentativas de roubo. 

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SOBRE A IMAGEM

  1. Esta imagem pesa bem mais que um homem de 90 quilos e, em todos os anos foi levada em procissão balançando para todos os lados por voluntários que a carregavam nas ruas e nas estradas e nunca rachou, fato a ser pesado e acrescentado aos milagres da imagem porque ela está presa e equilibrada apenas pela ponta dos dedos do pé direito e por pequena área da sola e dedos do pé esquerdo assentados no cepo do pé de cedro no qual foi esculpida.

Ela se sustenta apenas nas pequenas áreas da frente dos pés.

Note: todo o peso da imagem balançando nas procissões durante quase 300 anos nunca rachou, nem apodreceu e permanece intacta, é muito peso para tão pouco apoio!

 Mais recentemente a imagem verdadeira, que permanece em cima do altar mor, foi substituída por uma réplica devido ao perigo de atentados.

  • Muita gente, que se posiciona diante da imagem verdadeira e se concentra nela com a finalidade de senti-la e absorvê-la, sente estranhas vibrações interiores, algo parecido com forças superiores invadindo os porões da alma.

São sentimentos bem diferentes dos que comumente sentimos em situações especiais consideradas normais. Este é muito mais intenso! Produz desejo de voar para além dos próprios horizontes ao encontro de uma inexplicável felicidade que existe dentro e fora de nós.

Aqui estamos em frente à imagem, contemplando verdadeiro mistério de um milagre que a Ciência não explica. O Sr. Murilo, atrás de Mariana, que convive em dezenas de anos com esse Presente Divino, não se cansa de louvar a Deus por tanta bondade a ele concedida. Em todas as centenas de vezes que narrou a história aos turistas e peregrinos, sempre sentiu-se respirando o ar do Paraíso!

Ao observar aquele corpo de homem esculpido em madeira transcendendo os limites da perfeição, temos a impressão de estar na presença do próprio Jesus Cristo e, alguns, relatam que sentem um pouquinho das dores do crucificado e até se sentem mal nesse momento, mas logo uma grande paz invade o coração elevando a alma a patamares espirituais raramente experimentados em qualquer outra oportunidade!

Nós (Celso e Mariana) estivemos em frente à imagem e podemos comprovar o acima descrito.

  • Não se pode tocar na imagem porque ela está protegida por vidros à prova de balas devido à vários atentados com propósito de destruí-la e/ou roubá-la.
  • Nos alertaram que em São João del Rey, exatamente na igreja que visitáramos anteriormente, há um Cristo esculpido muito parecido com este e que aquele também tem uma história muito parecida com a deste. 

Voltamos a São João del Rey, e qual foi nossa surpresa quando deparamos com o Cristo deitado, também esculpido com tamanha perfeição, exatamente com as mesmas características das do de Liberdade.

Interessante que na primeira vez que olhamos para ele, não com os olhos voltados à observação mais atenta, achamos apenas maravilhoso.

Porém agora, avisados da realidade daquela escultura, exatamente como nos disseram, os olhos de Jesus pareciam tão naturais que deu vontade de tocá-lo para verificar se era verdadeiro. À luz da lógica é impossível esculpir em madeira olhos com expressões e brilho tão naturais a ponto de confundir a mente do observador

Quem olha atentamente para os olhos da imagem tem a nítida impressão que são humanos, verdadeiros. Confunde o cérebro!

A fotografia nos leva a perceber isso até certo ponto, mas a contemplação frente a frente com a imagem supera em muito às percepções da fotografia.

Ficamos ainda mais atônitos com a história desta escultura. Fora feita na mesma data da de Liberdade.

CRISTO DE SÃO JOÃO DEL REY. Tem os olhos tão reais que impressiona!

Liberdade fica muito distante de São João del Rey e, naquele tempo, uma viagem a cavalo de uma cidade a outra levaria muitos dias, então, não seria possível o autor das imagens ter percorrido o trecho nos mesmos dias e na mesma semana e, ainda, ter feito a imagem.

A imagem de São João del Rey tem as mesmas características e técnicas da imagem de Liberdade e foi esculpida pelo mesmo velhinho que disse também chamar-se José, sob as mesmas condições e circunstâncias.

Pois é, amigo! Segundo prometemos no início deste artigo, esta é a história sucinta deste tão maravilhoso milagre!

Um dia, quando visitar Minas Gerais, verifique tudo o que hoje relatamos e tire suas próprias conclusões!

 Gostaríamos muito que você, amigo leitor, visitasse o Santuário do Senhor Bom Jesus do Livramento em Liberdade e contemplasse a imagem de Jesus para sentir na pele e no coração tudo aquilo que sentem as pessoas que entram em contato visual com ela.

 Uma coisa é certa: diante da expressão da imensurável aflição estampada no rosto de “Cristo Diante de Pilatos”, ninguém escapa de sentir-se mergulhado nos próprios pecados, de sentir compaixão de si mesmo e de perceber o nascimento de um grande desejo de contrição vindo lá do fundo da alma!

A fotografia foi bastante carregada de luz e a claridade tira bastante a visão das expressões de sofrimento de Jesus, porém, visto ao natural, as expressões de dor são de tamanha aflição que não há como não partilhar no corpo e na alma, pelo menos um pouco do flagelo por qual Jesus passou!

Quer participar de uma grande procissão luminosa? Então, vá até Liberdade no dia 14 de Setembro!

Obrigado! Abraços de Celso e de Mariana!


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