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ESTRADA DONA FRANCISCA (23)

A ESTRADA DONA FRANCISCA E O RIO NEGRO.  É de se notar que quanto mais os trabalhos na estrada avançavam, mais os imigrantes trabalhadores da estrada ficavam contentes, apesar do bruto esforço braçal e dos perigos que a floresta lhes impunha, porque sabiam que mais tarde degustariam saborosas fatias do bolo da prosperidade e seria […]

Por Celso e Mariana 8 min de leitura

A ESTRADA DONA FRANCISCA E O RIO NEGRO.

 É de se notar que quanto mais os trabalhos na estrada avançavam, mais os imigrantes trabalhadores da estrada ficavam contentes, apesar do bruto esforço braçal e dos perigos que a floresta lhes impunha, porque sabiam que mais tarde degustariam saborosas fatias do bolo da prosperidade e seria facilitado o transporte dos produtos da roça para as cidades litorâneas e ao Porto de São Francisco, além de garantir o ganha-pão de cada dia durante e depois da sua construção

NAVEGAÇÃO FLUVIAL NO RIO NEGRO

Por longo tempo, quando a estrada ainda não era carroçável e mesmo depois de aberta, em tempos chuvosos quando ficava intransitável, o Rio Negro era a via de comunicação entre as localidades habitadas. 

Na foto vemos o porto de atracagem em Rio Negro-Mafra com a barca ELFRIDA, construída por Adolfo e Bernardo Olsen que fazia o serviço de transporte de passageiros e cargas rio acima entre Mafra, Rio Negrinho e São Bento e, rio abaixo de Mafra até Porto União.

Em outra oportunidade contaremos a interessante história dos três irmãos Olsen noruegueses que vieram atrás de minas de ouro e desembarcaram no porto errado.

BALSA NO RIO NEGRO

 Antes da construção da estrada não havia pontes. O Rio Negro era usado para transportar cargas e pessoas por barcas que adentravam no Rio Preto até onde este era navegável, iam até São Bento e voltavam para Mafra.

Para atravessar o Rio Negrinho, o Rio dos Bugres, o Rio Preto, o Rio da Areia, o Rio da Lança, o Rio Negro e outros utilizavam-se canoas, barcas e balsas. Tropas bovinas atravessavam nadando em trechos menos correntosos. As primeiras pontes construídas sobre os rios entre São Bento até Rio Negro foram arrancadas pela maior enchente que se tem notícia no Planalto Norte Catarinense em 1891, trazendo prejuízos enormes aos colonos e deixando as comunidades ilhadas umas das outras. O processo de reconstrução foi demorado e a agricultura da região sofreu avarias que repercutiu por longo tempo nos meios econômicos.

A Estrada Dona Francisca também foi bastante danificada pela enchente e não foram poucos os incômodos, tempo e esforços para restaurá-la. Houve época que ficou abandonada e intransitável.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!