Dia de pânico e terror nas ruas do Equador
O país passa por uma drástica crise
Por Cauan 7 min de leitura
O agravamento da crise de violência no Equador, desencadeada pela fuga do líder da principal quadrilha do país, está gerando caos nas ruas. Há relatos de lojistas fechando estabelecimentos, funcionários retornando às pressas para casa, resultando em congestionamentos, e áreas normalmente movimentadas agora desertas, conforme informado pela imprensa local.
O Equador encontra-se em estado de exceção devido a uma onda de criminalidade que já causou pelo menos dez mortes. O presidente Daniel Noboa assinou um decreto na terça-feira (9), reconhecendo um “conflito armado interno” e ordenando ações para “neutralizar” os grupos criminosos.
O clima de violência gerou pânico em municípios de todas as regiões equatorianas. Guayaquil, a maior cidade do país, enfrentou colapsos, com relatos de medo e correria devido a ações coordenadas de criminosos, incluindo explosões e sequestros de policiais. Quem não conseguiu retornar para casa buscou abrigo em estabelecimentos fechados.
A Universidade de Guayaquil, invadida por homens armados, testemunhou alunos e professores correndo assustados pelo campus, buscando refúgio em salas de aula. O Ministério da Educação suspendeu as atividades escolares em todo o país pelo menos até sexta-feira (12).
Diversas instituições foram evacuadas em todo o país, com órgãos públicos permanecendo fechados e a Assembleia Nacional suspendendo as atividades presenciais. Segundo o jornal Expresso, os ônibus de Guayaquil estavam lotados às 14h no horário local (16h em Brasília), e às 16h, os veículos haviam desaparecido das ruas. Tanto Guayaquil quanto Quito registraram congestionamentos incomuns na tarde de terça.
Esses eventos ocorreram após o presidente Noboa, enfrentando sua primeira crise desde que assumiu a Presidência em novembro, decretar um estado de exceção de 60 dias em todo o país, incluindo um toque de recolher das 23h às 5h.