– Amor –
Mas o que é o Amor? Vamos bem pensar. Só o Amor é que constrói, mas o ódio é que destrói.
Poeticamente se pode melhor responder, pois o coração tem razões que a própria Razão desconhece e a Razão desconhecida, nesse caso, é o Amor. Vamos lá:
Amor é algo tão bonito, tão grande e tão profundo, tão pleno e tão constante que quem dele bebe ainda mais sede vai ter; e que dele se alimenta mais fome terá. É por isso que o amor nos faz viver sem que jamais bem conseguirmos nos saciar só de tanto nos amar e fazendo assim com que sejamos sempre mais felizes, sem que nunca mais o deixemos de ser. É que amar é já viver aqui na Terra o próprio Céu.
– Amar –
É resolver, decidir, escolher e manter-se nessa posição, mas melhorando-a sempre mais.
É querer sem nunca mais parar de querer.
É desejar eternamente.
É sofrer, mas transformar essa dor, num verdadeiro prazer.
É ocupar, no bem amado, todo espaço disponível.
É nada ter para si, mas sentir-se no penhor de tudo.
É encher o infinito por inteiro.
É admirar o belo e torna-lo ainda mais lindo.
É aproveitar-se do Bem, até o limite supremo.
É sentir profunda alegria por tudo que se tem, mas querê-lo sempre mais.
É lutar por mais amor, mesmo já tendo amor infinito.
É desejar o indesejado, querer o desconhecido e atirar-se nos abraços do além sem nem mesmo ter a posse do aquém.
É sentir a eterna paz.
É alcançar felicidade.
E ter por limite o próprio Deus.
– Quem –
Só quem Amor tem,
Amor pode dar;
E Amor tem lugar,
No coração de quem,
Bem sabe se amar.