Nova política industrial fortalece o setor em SC, avalia a FIESC
O estado tem na indústria o seu grande vetor de desenvolvimento, então medidas como o programa Nova Indústria Brasil são bem-vindas, afirma o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar
Por Cauan 7 min de leitura
O programa Nova Indústria Brasil fortalece o setor no país, sobretudo, em Santa Catarina, que é um estado industrializado e tem na indústria seu grande vetor de desenvolvimento, afirma o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. “Todas as medidas que vêm no sentido de impulsionar as empresas são muito bem-vindas. Assim, a nova política industrial brasileira é um fato a ser comemorado”, completou, lembrando que o aporte de R$ 300 bilhões em recursos (entre reembolsáveis e não-reembolsáveis) são fundamentais e vão estimular os investimentos em tecnologia e inovação, com foco na neoindustrialização.
O programa, anunciado pelo governo federal na segunda-feira, dia 22/01, tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção estão agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa.
A maior parte dos recursos virá de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Os financiamentos do BNDES relacionados à inovação e digitalização serão corrigidos pela Taxa Referencial (TR), que é mais baixa que a Taxa de Longo Prazo (TLP).
O economista-chefe da FIESC, Pablo Bittencourt, explica que a nova política adotada pelo Brasil está em linha com as melhores práticas internacionais. “As empresas catarinenses podem encontrar diversas possibilidades, mas sempre é preciso ter em perspectiva que a política trata do desenvolvimento de tecnologias voltadas ao novo paradigma, como novos materiais, especialmente em áreas como biotecnologia, nanotecnologia e ciência de dados, que encontram, em Santa Catarina, um conjunto de empresas especializadas”, disse.
O economista-chefe explica como funciona a nova política industrial na prática e quais setores de SC podem ser mais beneficiados.