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A Mística da Páscoa

Na Páscoa era a época de um sacrifício, no caso de cordeiro, e se referia a passagem,  do deserto, no êxodo Bíblico. Lembra a libertação do povo hebreu, da escravidão do Egito. Isso simboliza a libertação do Ego (Egito), a que tanto afasta de Deus, pois o mundo é ocultação (olam em hebraico). A Páscoa […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

Na Páscoa era a época de um sacrifício, no caso de cordeiro, e se referia a passagem,  do deserto, no êxodo Bíblico. Lembra a libertação do povo hebreu, da escravidão do Egito. Isso simboliza a libertação do Ego (Egito), a que tanto afasta de Deus, pois o mundo é ocultação (olam em hebraico). A Páscoa começa assim no Séder, no dia 22 de Abril, onde se lerá o hagadá de Pessach, em refeição festiva, para judeus. A Páscoa judaica dura sete dias. Já para os cristãos a Páscoa terá lugar no Domingo, que assim lembra a crucificação, e a paixão de Cristo. Cristo nos salvou através da cruz, e ele é suficiente para a salvação. 

Vivemos muitos êxodos ao longo da vida. O afastamento de Deus é sempre envolto de um deserto, de uma procura de terra prometida, para também receber o maná do céu, o pão do céu. Cristo nos deixou esse maná através da eucaristia, o pão simbólico da santa ceia, a que temos na Igreja a tradição viva em memória do dia da Páscoa, a que Cristo nos reservou o ritual. Esse Graal ou cálice, que também pode ser um livro, foi procurado por caçadores de tesouros e alguns dizem que encontrado, pelos Templários, cavaleiros pobres de Cristo. A Páscoa nos lembra isso, o Santo Graal, nosso tesouro onde bebemos em vinho, na Santa Missa, agora especial, na semana santa. 

Mas misticamente o Cristo Cósmico se liberta da cruz da matéria para ascender até o Pai, Já em nós a Páscoa simboliza nosso corpo de núpcias, com o qual nos uniremos ao Cristo, naquela revelação descrita no livro de Apocalipse. O milênio onde encontramos o Reino dos céus, Os ramos representam a alegria da chegada do Cristo, assim da coenciência crítica e dos mistérios cristãos, a que simboliza esse domínio do Salvador, sobre aquele animal no qual vem montado, mostrando o domínio do Cristo sobre a animalidade do ego. O sacrifício ou sacro ofício assim se faz, e partilhamos no corpo de Cristo, na eucaristia, esse mistério, junto a oração, que também substituiu o sacrifício animal, não mais presente no culto dos crentes e povo de Deus. Oremos para que nessa Páscoa a luz nos acompanhe e Cristo esteja presente em nossos corações.