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A MULHER DE BRANCO (II)

Saudações Arrepiantes! Querido leitor! Se você está lendo este artigo é porque ainda está vivo após ler o primeiro capítulo do conto A MULHER DE BRANCO, parabéns! Mas, não vá nessa! Antes de ler o segundo capítulo, é melhor consultar um médico cardiologista para assegurar que possa prosseguir acompanhando a história, porque a cada capítulo […]

Por Celso e Mariana 24 min de leitura

Saudações Arrepiantes!

Querido leitor! Se você está lendo este artigo é porque ainda está vivo após ler o primeiro capítulo do conto A MULHER DE BRANCO, parabéns! Mas, não vá nessa! Antes de ler o segundo capítulo, é melhor consultar um médico cardiologista para assegurar que possa prosseguir acompanhando a história, porque a cada capítulo a coisa fica bem mais “incisiva” e apavorante e é melhor que o cardiologista esteja junto de você durante a leitura!

Contudo, aconselhamos que libere seus pensamentos para navegar livre e solto no mundo cósmico da imaginação, sinta cada momento como se fosse seu. Experimente o esplendor e os entraves, as alegrias e a felicidade, os medos e os mistérios dos personagens. Viaje no mundo da fantasia. Viva a história como se fosse você dentro dela e, bons arrepios!

Resumo do primeiro capítulo:

Léo e Argel, eram dois irmãos frequentadores de bailes e farras.

 Léo, o mais velho, nunca tivera uma namorada pois sentia um enorme vazio em seu coração e não conseguia apaixonar-se por ninguém.

O PESADELO

Repetidamente, em seus sonhos, um pesadelo lhe mostrava, num clarão instantâneo tipo relâmpago, o rosto de uma jovem que lhe trazia a impressão de tê-la conhecida em algum momento da sua vida, mas não sabia quem era ela. A visão durava apenas um segundo e desaparecia. Noite após noite o flash se repetia.

ANSIEDADE

 Isto o deixava transtornado levando-o à beira de um estresse.

Em uma noite, ao dirigir-se para o salão de baile na estradinha deserta com seu calhambeque, uma jovem vestida de branco, segurando um casaco branco nas mãos, apareceu em uma curva e pediu-lhe carona. Quando ela entrou no automóvel, Léo não entendeu porque foi tomado por um arrepio, porém resolveu ignorar o fato porque sentia-se bem ao lado daquela moça. Assim seguiram para o baile.

No salão, ela escolheu uma mesa num canto pouco iluminado e acomodou-se. Léo perguntou se podia sentar à mesma mesa, ela respondeu que sim, fizeram amizade, contudo, Léo percebeu que a moça não era de muita conversa. Mesmo assim, sentiu-se atraído por ela, MUITO ATRAÍDO!

(”Puxa vida! É a primeira vez que me interesso por uma mulher!”)

 De repente, ao olhar para o rosto mal iluminado da jovem, teve o mesmo clarão com a mesma visão dos seus pesadelos. Um rápido lampejo revelou o mesmo rosto da mesma mulher dos seus pesadelos e que parecia ser a mesma que estava na sua frente. Novamente arrepiou-se todo, ficou tonto, o ar faltou-lhe nos pulmões. Assustado, respirou fundo e tentou recompor-se.

Pensou: (“Isso não pode estar acontecendo comigo!”).

Não podia estragar aquele momento mágico e romântico com aquela jovem!

 Pediu uma cerveja ao garçom, mas ela não aceitou a bebida, depois convidou-a para dançar e dançaram a noite inteira até acabar o baile lá pelas quatro horas da manhã. Mariazinha fez questão de dançar mantendo uma pequena distância entre ela e ele sem encostar seu corpo ao dele. Ele tomou aquele comportamento como uma decisão de respeito e deixou por isso mesmo sem questioná-la.

Percebeu que as mãos dela eram frias, talvez as luvas fossem a causa, e o rosto bastante pálido como se não recebesse a luz do Sol por longo período, todavia era linda, mesmo na penumbra! Também estranhou que ela não bebeu nada e nem mesmo alimentou-se durante o baile inteiro.

 DANÇANDO NAS NUVENS

Apesar de tudo, Léo sentiu-se dançando nas nuvens. As sensações em cada passo eram divinamente paradisíacas. Até parecia que seus pés não tocavam o chão. Nenhuma outra dança, entre milhares que dançou com outras mulheres se comparava àquela e àqueles preciosos momentos!

Enquanto dançavam, Léo perguntou:

– Você é solteira, mora com seus pais?

– Sim, sou solteira e há muito tempo morei com minha mãe, agora moro sozinha!

Achou esquisito ela falar tão pouco, mostrando-se bem misteriosa, mas impressionado pelo fato de ser a primeira vez que seu coração acelerava diante de uma mulher e não querendo estragar o ambiente afetivo que os envolvia, resolveu não tocar mais no assunto, afinal, aquela noite estava sendo a mais feliz de toda a sua vida, e lhe parecia que ela correspondia à tamanha felicidade!

 CARREIRO ENTRE OS PINHEIROS

Ainda estava escuro quando o baile acabou e voltaram para casa. A moça pediu que parassem naquela mesma curva dizendo que sua casa era logo ali. Léo observou que na curva havia um carreiro entre dois pinheiros, um em cada lado. A paisagem, iluminada pela lua cheia proporcionava um ar de graça celestial ao sentidos.

Mariazinha despediu e, agradecendo a maravilhosa noite por qual passara, completou com voz misteriosa e suave:

– Logo nos veremos de novo e, acredite, você vai morar comigo para sempre porque você é o homem que eu sempre sonhei!

Léo balançou, levou um choque emocional com aquela declaração, por um instante sua vista escureceu, parecia que não estava mais nesse mundo e, gaguejando com voz trêmula, respondeu:

– Cla…claro, e…eu também go…gostei de você! Amanhã eu…eu volto, tá?

Ela entrou no carreiro, mas antes de sumir na curva, Léo perguntou em voz alta:

-Ei, Moça, só por curiosidade, eu gostaria de saber o por que do seu apelido de Mariazinha das Sombras!

  APONTOU PARA O CHÃO

Ela parou, voltou-se e apontou com o dedo indicador para o chão e seguiu adiante. Aquele gesto enigmático, que Léo não compreendeu, o impressionou mais uma vez, e novamente, mais um forte arrepio lhe percorreu todo o corpo.

– (“Mas, que ‘cargas d’água” está acontecendo comigo?”)

Pensou, pensou, no entanto, não achou nenhuma explicação que revelasse algum significado lógico!

As palavras da jovem ressoavam forte na sua cabeça deixando-o meio tonto, assim o rapaz seguiu viagem até sua casa em pleno êxtase emocional. Nunca conhecera nenhuma mulher tão delicada e bonita e era a primeira vez que estava assim tão apaixonado!

Argel, percebeu seu irmão ofegante e desorientado e comentou:

Nossa, Léo! Nunca vi ninguém tão transtornado desse jeito, mas cuidado com a estrada, você está dirigindo em zigue-zague, muito perto do barranco!

Léo mal enxergava o caminho que percorria.

Amigo(a)! Se você achou que este capítulo foi meio “pesado”, vai ver só o próximo que é muito, mas muito pior mesmo!

Continua.

Até a próximaaaaauuuuuu!

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