Página Inicial | Colunistas | No Olho da Verdade | A MULHER DE BRANCO (III)

A MULHER DE BRANCO (III)

SAUDAÇÕES HORRIPILANTES! Você está na mira. Chegou a sua vez! RESUMO DOS CAPÍTULOS I e II. Léo e Argel, dois irmãos dos bailes e das farras, lá pelas nove horas da noite, se dirigiam ao salão de baile no alto da montanha, e no meio do caminho pararam para dar carona a uma mulher vestida […]

Por Celso e Mariana 35 min de leitura

SAUDAÇÕES HORRIPILANTES!

Você está na mira. Chegou a sua vez!

RESUMO DOS CAPÍTULOS I e II.

Léo e Argel, dois irmãos dos bailes e das farras, lá pelas nove horas da noite, se dirigiam ao salão de baile no alto da montanha, e no meio do caminho pararam para dar carona a uma mulher vestida de branco.

PEDINDO CARONA

A sinistra figura da mulher sozinha na estrada causou estranheza.

Léo, agora com 25 anos de idade, nunca tinha namorado ninguém, pois não conseguia apaixonar-se. Mas, essa era linda demais e fez seu coração disparar imediatamente.

Dançaram a noite inteira, apesar de ele ter notado comportamento estranho da moça.

Na volta, ela pediu para desembarcar no mesmo local onde embarcara, seguiu por um carreiro por entre dois pinheiros dizendo que sua casa era logo ali.

Ao chegar em casa, Léo percebeu que Mariazinha esquecera seu casaco branco no banco traseiro do carro, revirou os bolsos e encontrou uma fotografia dela vestida com aquele mesmo vestido e com o mesmo casaco com os quais fora ao baile. Um gelo tomou conta do seu corpo inteiro: a mulher da fotografia era, sem dúvida, a que lhe aparecia nos sonhos.

A FOTOGRAFIA

Ao ver a fotografia da moça, ficou hipnotizado.

 E, pior: no outro bolso encontrou outra fotografia, só que esta era a dele mesmo!

Aí, ele gelou, uma forte emoção o paralisou por completo, sua vista escureceu e desmaiou!

Seu irmão o encontrou caído no chão do automóvel.

Aplicou-lhe massagens e toalha com água fria até que Léo recobrasse a consciência.

– Léo, o que lhe aconteceu?

– Olhe as fotografias!

 Não acreditando no que via, Argel também se assustou.

Credo, Léo! O que está acontecendo?

Ainda pálido e meio tonto, mal podendo respirar, com muita dificuldade respondeu:

– Não tenho a menor ideia! Depois vou até ela, devolvo-lhe o casaco com as fotografias e peço explicações!

– Procure dormir, Léo. Tome um calmante e sossegue, rapaz!

Léo tentou dormir, mas muito abalado, não conseguiu! A imagem e as palavras de Mariazinha e a visão das fotos martelavam fortemente a sua mente sem cessar.

Já era cinco horas da tarde do domingo, Léo decidiu voltar até aquela curva à procura de Mariazinha para devolver-lhe o casaco e aproveitar para vê-la mais uma vez e tentar resolver o enigma que o consumia.

-Argel, venha comigo, você dirige porque estou com sono, cansado e sem condições de dirigir!

Lá foram eles! Ainda era dia. Chegando na curva dos dois pinheiros, avistaram o carreiro. Quando o automóvel entrou no carreiro, deu umas pifadas e desligou. Eles tinham algum conhecimento de mecânica, fizeram todos os procedimentos necessários, mas o veículo não mais funcionou. Léo pegou o casaco e, acompanhado por Argel, caminhou mata adentro. Em uns cem metros adiante, avistou uma velha casa que parecia abandonada com uma varandinha na frente, mas viu fumaça saindo pela chaminé, então concluiu que se aquela fosse a casa de Mariazinha, certamente ela estaria em casa.

A VELHA CASA NA FLORESTA

 Aproximou-se, bateu na porta. Uma senhora já bem velhinha veio atende-lo.

A velhinha ao ver aquele rapaz na sua frente, empalideceu, e agarrou-se no esteio da varanda para não cair.

MEU DEUS, VOCÊ AQUI?

Meu Deus! Você? Como isso é possível?

Léu, espantado com a reação da mulher, cumprimentou-a:

– Boa tarde! A senhora é a mãe de Mariazinha?

– O quê você disse?

 Julgando que a velha senhora fosse um pouco surda, aumentou o volume de voz e repetiu;

A senhora é a mãe de Mariazinha?

– Mãe de Mariazinha? Que Mariazinha? …Ah, minha nossa! Sim, mas isso foi há muito tempo! Ela já não vive comigo há cinquenta anos!

– Que história é essa de cinquenta anos? Mariazinha disse-me que morava sozinha, aqui perto, onde é a casa dela?

– Olhe, meu jovem! Não é possível que ela tenha falado com você!

– Como não? Conversei e dancei com ela no baile até quase amanhecer. Trouxe-a até a entrada dos pinheiros e ela seguiu neste carreiro nesta direção!

– Espere, aí, rapaz! Pare de me zoar! Vamos esclarecer uma coisa: se eu disse que é impossível que ela tenha falado com você, é porque é impossível e pronto!

– Mas, credo, dona! Não é desrespeito, não! Eu não estou mentindo! Veja aqui o casaco dela e olhe esta fotografia! É a mesma moça da qual estamos falando?

A velha senhora, ao ver o casaco e a fotografia, caiu dura no chão. Foi necessária a intervenção dos dois irmãos para reanimá-la.

A VELHINHA DESMAIOU

Muito assustada, quase sem poder falar, a velhinha ofegante e confusa balbuciou:

– De onde você conseguiu o casaco e a fotografia?

– Como eu lhe disse, eu a trouxe até a entrada do carreiro e vim devolver-lhe o casaco que ela esqueceu no meu carro! Agora, mostre-me onde ela mora!

– Eu não sei o que está acontecendo nem do que você está falando, mas volto a lhe afirmar que ela não vive mais comigo há cinquenta anos! E se realmente quiser saber onde ela mora, é aqui perto, mas você não vai gostar nada, nada, da sua casa. Eu lhe aconselho a não ir até lá!

Já bem nervoso, Léo disparou:

– Mesmo assim eu quero ir até à casa dela, mostre-me o caminho!

– Bem…Se você insiste, siga naquele carreiro alí à direita, em cinquenta metros encontrará a casa da minha filha, mas se prepare para o quê verá e o quê vai enfrentar…não é nada bom!

Ainda mais nervoso, Léo retrucou em voa alta:

– Olhe, dona! Parece que a senhora está querendo impedir-me de falar com ela, por quê?

– Ah! Está nervosinho, né? Mas espere que você vai ficar ainda mais nervoso! Preste atenção! Eu lhe conto, mas você não vai acreditar! Há cinquenta anos atrás, ela estava de casamento marcado com um rapaz exatamente como você a quem amava muito! No dia do casamento, ela, vestida com esse mesmo vestido da fotografia e com esse mesmo casaco, estava nesta mesma varanda, esperando a condução, uma carroça enfeitada, que a levaria para a igreja lá na vila, quando, de repente, apareceu um antigo pretendente que nutria por ela um gigantesco ciúme doentio e desferiu-lhe dois tiros no peito. Ela caiu aqui mesmo onde você está, foi levada ao hospital, mas já sem vida. Depois foi enterrada junto com o casaco e a fotografia do noivo que guardava no bolso do casaco como se fosse sua própria vida, está tudo lá onde você quer ir. Na lápide do túmulo verá a fotografia dela, esta mesma que você mostrou-me e que ela guardava como se fosse sua própria vida e ao lado da fotografia dela, na lápide, foi colocada outra foto, a do seu noivo que é você ou de alguém exatamente igual! Naquele dia do casamento, o noivo, ao saber do acontecido, sumiu e nunca mais apareceu por aqui, ninguém sabe prá onde foi! Eu não estou acreditando em nada que está acontecendo neste momento, e você também não vai acreditar. Mas, vá e certifique-se! Porém, não esqueça que eu lhe avisei e que Deus o proteja! Meu Deus, eu não entendo mais nada!

Léo sentiu de imediato um formigamento dos pés à cabeça e ao ver a firmeza com que a velha senhora contou a história, começou a tremer e aquele mesmo calafrio lhe paralisou quase que completamente. Em passos bambas, entrou no carreiro no rumo indicado pela velhinha, amparado por seu irmão. À medida que avançava, um frio gélido tomava conta do seu corpo inteiro e seu coração acelerava incontrolavelmente.

Na caminhada começou a ligar os fatos: as mãos frias de Mariazinha, o nome dela – Mariazinha das Sombras – dito por ela mesma, sua aparência pálida igual à dos pesadelos, ao dançar não encostava seu corpo ao dele, as poucas palavras que proferiu durante todo aquele baile, enquanto dançava procurava os cantos menos iluminados, o dedo apontando para o chão, seu automóvel enguiçou ao entrar no carreiro e, agora, a apavorante história que ouviu! Era muita coisa para uma só pessoa suportar!!

Pressentiu que não poderia avançar e parou ofegante.

Mas, algo mais forte que ele o impulsionava adiante naquele misterioso caminho.

ESPIANDO POR ENTRE AS FOLHAGENS

Argel afastou algumas folhagens para espiar e o que viu logo na frene o estarreceu!

Agora foi a vez de Argel tremer da cabeça aos pés e vendo a dificuldade e o mal-estar por qual o irmão passava, disse-lhe:

– Léo, va… vamos voltar prá casa e pro… procurar um médico. A… a… amanhã, você estará mais descansado e com a… a…a cabeça no lugar, então, voltaremos aqui!

MACABRA VISÃO DE ARGEL

Léo, percebendo seu estado debilitado, concordou. Imaginaram que seu automóvel não iria funcionar mas, porém, por incrível que pareça, “pegou” na hora e puderam seguir viagem de volta para casa.

Foram até a cidade vizinha onde havia hospital. Léo, medicado e receitado voltou para casa.

NO HOSPITAL

 Mas, ao chegar em casa, sua ansiedade aumentou. Uma voz dentro da sua cabeça não parava de martelar: “Volte lá, e acabe com suas dúvidas, algo bom o espera!”

Argel já não sabia o que fazer!

(Continua)

Amigo(a) leitor(a)! Você acha que isso foi pouco? Ah, é, é? Espere só até o próximo capítulo, o último! Será o mais impactante e emocionante!

Obrigado! Abraços macabros de Celso e de Mariana! AUAUUUUUUUUU! (Cruzes, até eu me arrepiei!)

AAAUUUU!

Temos uma variedade de modelos de brinquedos fabricados artesanalmente em madeira com esmero. Verdadeiras obras de arte! Tel. 9 9989 7590, segunda a sexta, das 14h às 21h.