ORIGEM DAS EXPRESSÕES
DE ONDE VEM ESTAS 10 EXPRESSÕES QUE USAMOS.
PARA INGLES VER
Surgiu no século XIX, quando a Inglaterra impôs sanções ao Brasil em relação ao descumprimento da lei que proibia a escravidão dos negros. No Brasil, essas leis só serviam como fachada e não eram cumpridas. Então, diziam que faziam, mas não faziam, tudo para enganar os ingleses. Até hoje essa expressão é usada apenas para dar uma boa impressão sem que realmente haja uma mudança por trás.
Como podemos ver, aqui no Brasil, as leis nunca tiveram rigor no seu cumprimento!
SANTO DO PAU OCO.
Durante a extração do ouro e diamantes no Brasil na Época Colonial, para desviar a cobrança de impostos pelo ouro extraído, os mineradores faziam estátuas ocas de santos para esconder as pedras preciosas. Assim, os mineradores enganavam as autoridades que nada desconfiavam. Com o tempo, a expressão passou ser usada para alguém que aparenta ser honesto e virtuoso, mas que, na verdade, tem intenções desonestas (pessoa de “duas caras”).
Como podemos ver, desde o início da nossa história, no Brasil já havia corrupção!
A CASA DA MÃE JOANA.
AVINHÃO ou AVIGNON – Cidade francesa, Patrimônio da Humanidade.
Essa expressão tem origem no século XIV, Idade Média, com Joana I, Raínha de Nápole, que legalizou a atividade dos bordéis na cidade de Avinhão, na França, onde, também, exercia seu poder. Ela impôs regras a serem seguidas, mas com o tempo, as casas de tolerância passaram a ser lugares de desordem onde todos faziam o que queriam. No Brasil, esse termo passou a valer como algo caótico e sem controle.
E, aí, amigo! A política brasileira é a Casa da Mãe Joana ou não é?!
Fatos históricos de Avinhão ou Avignon.
Habitada desde o tempo dos Celtas, é famosa por se ter convertido na residência dos Papas em 1309, quando se encontrava sob governo dos reis da Sicília pertencentes à casa de Anjou. Em 1348, o Papa Clemente VI adquiriu a cidade à rainha Joana I da Sicília e permaneceu como propriedade papal até 1791, quando foi incorporada no resto de França durante a Revolução Francesa. Hoje é considerada Patrimônio Histórico da Humanidade.
VOTO DE MINERVA.
MINERVA, DEUSA MITOLÓGICA DA SABEDORIA DA CULTURA GREGA ANTIGA
Na mitologia grega, Minerva ou Atena, era a Deusa da Sabedoria. Seu poder decisivo ganhou relevância quando Orestes foi julgado por ter matado sua mãe. O resultado do julgamento ficou empatado e coube a ela desempatar. Ela escolheu inocentar Orestes, e esse voto ficou conhecido como o VOTO DE MINERVA.
ANDAR À TOA.
TOA, corda para rebocar navios.
A expressão À TOA, vem do vocabulário náutico que se refere à TOA. TOA é uma corda usada para rebocar embarcações que ficavam à deriva, sem leme e sem direção, perdida no mar. Esse termo passou a ser associado à ideia de falta de rumo. Assim, andar à toa, significa caminhar sem destino, sem preocupação, simplesmente para deixar o tempo passar, ou quando alguém faz alguma coisa que não serve para nada. Diz-se que perdeu seu tempo e tudo ficou sem valor nenhum.
Já parou para pensar em como tem gente que vive uma vida inteira à toa?
ERRO CRASSO.
Vem da Roma Antiga, ligada ao General Marco Licício Crasso que, em 53 antes de Cristo liderou uma expedição militar contra o Império da Pártia, na Batalha de Carras. Subestimou o poderio do inimigo e cometeu uma série de erros graves que culminou na derrota do seu exército e da sua própria morte. A expressão é usada até hoje como sinônimo de erros graves que poderiam ser evitados e que causam consequência significativas.
Marco Licínio Crasso (115–53 a.C.); em latim: Marcus Licinius Crassus) foi um político da gente Licínia da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 70 e 55 a.C., com Cneu Pompeu Magno nas duas vezes.
BODE EXPIATÓRIO.
A origem dessa expressão está na tradição judaica antiga, especificamente na Celebração do Yom Kippur, o Dia do Perdão. Durante a cerimônia, os pecados das pessoas eram transferidos para um bode que era, então, enviado para o deserto, levando com ele todas as culpas da comunidade. O bode servia como um meio de purificação para o povo. Hoje, expressão é usada para alguém que é injustamente culpado ou responsabilizado pelos erros ou falhas de outros. Então, dizemos que Bode Expiatório é alguém inocente que paga pela culpa de outro.
No caso da tradição judaica, vemos a idiotice nojenta do ser humano, cínico, impiedoso e crudelíssimo: querendo livrar-se dos próprios pecados, sem nenhum arrependimento, sacrificavam um inocente animal, levando à morte cruel no deserto, mas continuavam em seus pecados normalmente, repetindo tudo outra vez, e outra, e outra… e, assim, até nossos dias!
Você conhece alguém que pagou pelo erro (pecado) de outro?
TIRAR O CAVALO DA CHUVA.
Surgiu no Brasil rural, quando uma visita chegava de cavalo e queria ficar por curto tempo, deixava o cavalo amarrado. Quando o dono da casa dizia para o visitante tirar o cavalo da chuva, era um convite para que ficasse por mais tempo. Hoje a expressão mudou de sentido e marca de ironia: TIRE SEU CAVALINHO DA CHUVA, que significa contrariedade ou desprezo pela intenção do outro.
CAIR A FIXA.
É uma antiga referência ao telefone público – os famosos orelhões que funcionavam com fixas introduzidas nos aparelhos. Às vezes, a fixa demorava a cair na gaveta interna do aparelho que só completava a ligação quando a fixa realmente caísse. Hoje, CAIR A FIXA, é termo usado para aquele momento quando finalmente entendemos uma situação, quando tudo fica bem esclarecido.
FICAR A VER NAVIOS.
Esta remonta ao período da perda de territórios portugueses no norte da África. Especialmente durante uma ferrenha batalha quando o Rei Dom Sebastião desapareceu. Muitos portugueses acreditavam que ele voltaria para comandar o Reino de Portugal novamente. Subiam nas colinas de Lisboa e ficavam olhando para o mar esperando ver navios trazendo o Rei de volta. Como ele nunca retornou, FICAR A VER NAVIOS, passou a significar esperar algo em vão, sem resultados. Nos dias de hoje, essa expressão serve para ilustrar situações onde alguém fica na expectativa de algo que nunca acontece.
Tomara que tenhamos contribuído, de alguma forma, com algum acréscimo à sua cultura!
Abraços de Celso e de Mariana!