A FUGA DE ARGOLO.
Vamos recapitular um pouco.
O General Argolo, em Curitiba, reuniu quatro batalhões: Batalhão de Voluntários, o Regimento de Segurança do Paraná, uma Brigada Provisória e a Coluna Expedicionária e, com eles, veio para São Bento para impedir o avanço das forças revolucionárias do General Piragibe que já estavam em Joinville. Mas, Piragibe subiu a serra com 3.000 soldados e mandou uma intimação para Argolo se render. Porém, Argolo fugiu para Rio Negro alegando que iria ajudar as tropas republicanas contra as forças do revolucionário Gumercindo Saraiva, que sediara Rio Negro. Com isso o General Argolo, abandonou São Bento nas mãos dos revolucionários que chegaram e tomaram a cidade.
MARAGATOS EM MAFRA (RIO NEGRO).
Os federalistas –Maragatos- já haviam tomado a capital Florianópolis que chamava-se Desterro, já tinham rendido Tijucas, Paranaguá e Curitiba. Em Rio Negro, os famosos degoladores Juca Tigre e Adão de La Torre, degolaram 300 inimigos entre soldados e civis. O mesmo acontecia pelo lado republicano que não deixava nada a desejar quanto às degolas. Rio Negro sofreu horrores.
Os Primeiros Combates no Paraná
MAFRA (RIO NEGRO) EM 1893
Os degolados foram jogados nesta lagoa.
Enquanto perseguia Argolo, Piragibe, no dia 19 de novembro, tentou tomar a passagem do Rio Negro, mas foi repelido pelas forças do capitão Custódio Gonçalves Rollemberg que conhecia muito bem a região. No dia 21, um piquete de cavalaria do Regimento de Segurança do Paraná veio ajudar Rollemberg. Porém, os federalistas conseguiram passar e destruíram a ponte no Rio da Várzea.
O general Argolo sabendo do fogo cerrado de artilharia em Rio Negro, decidiu retirar-se para a linha do Rio da Várzea e a seguir para a cidade da Lapa, que seria o ponto de concentração das tropas legalistas. No Rio da Várzea encontraram a ponte destruída pelos revolucionários. A mesma foi reconstruída às pressas pelo engenheiro Hercílio Luz. No dia 23 de novembro de 1893, Argolo chegava à Lapa. Aqui, ele foi substituído pelo coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro e o comando de todas as operações foi entregue ao general Antônio José Maria Pego Júnior. Há muita controvérsia sobre o motivo de Argolo ser destituído do comando. O mais aceito foi que Argolo não enfrentou o inimigo e fugiu dos combates. Outras fontes afirmam que o motivo foi político. (Continua).
Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!