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REVOLUÇÃO FEDERALISTA 26

RESUMO DO CAPÍTULO ANTERIOR. Com aproximação das tropas de Piragibe pela Serra Dona Francisca, Argolo saiu de São Bento temendo o inimigo mais poderoso em número de soldados, então recuou suas tropas para Mafra onde pretendia defender o avanço das forças maragatas comandadas pelo General Gumercindo que vinham do Sul pela estrada do Viamão que […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

RESUMO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Com aproximação das tropas de Piragibe pela Serra Dona Francisca, Argolo saiu de São Bento temendo o inimigo mais poderoso em número de soldados, então recuou suas tropas para Mafra onde pretendia defender o avanço das forças maragatas comandadas pelo General Gumercindo que vinham do Sul pela estrada do Viamão que hoje é a BR116. Mafra pertencia a Rio Negro, ali Argolo Instalou seus canhões no morro do cemitério, no lado direito do Rio Negro, onde hoje é a cidade de Rio Negro.

RIOMAFRA EM 1893.

Confluência Ruas

Naquele mesmo dia, a tropa do General Argollo foi reforçada por 80 soldados de cavalaria do Corpo Patriótico da Guarda Nacional que veio da Lapa e na madrugada do dia 21, por outros 600 infantes, sob o comando do Coronel Joaquim Lacerda. Em três dias chegaram as forças de Gumercindo que instalaram seus canhões no alto do morro do outro lado do rio onde hoje é Mafra. Apesar do aumento do efetivo militar Pica-Pau, que demonstrava vantagem para o combate, nas primeiras horas daquele dia, quando a neblina dissipou-se, o silêncio foi quebrado pelos canhões federalistas, que passaram a troar violentamente.

Os canhonaços demoraram mais de uma hora. O povo da vila de Mafra, na baixada, fugiu para o mais longe possível. Muitas casas de moradia e de comércio foram atingidas pelas balas de canhões sendo destruídas.

 CANHÃO DA REVOLUÇÃO.

Canhão

Essa manobra do ataque dos federalistas, escondia uma preciosa estratégia. Uma coluna de maragatos marchou pela retaguarda das tropas de Argolo na direção de Lapa, destruiu a ponte sobre o rio da Várzea no caminho entre Rio Negro e Lapa, impedindo que as tropas de Argolo recebessem mais reforços vindos de Lapa e depois voltou atacando os republicanos pela retaguarda que ficaram encurralados entre duas ofensivas. Os maragatos amarraram dinamite no corpo de animais capturados e os afugentaram na direção dos republicanos. A dinamite explodia no meio dos soldados, seja por pavios acesos com tempo calculado ou atingida por tiros. Obviamente os animais também explodiam. Com a interrupção da comunicação com Lapa, o não recebimento de novos reforços e suprimentos, cercados pelos federalistas, os combatentes legalistas mal preparados se apavoraram! Argolo não soube prever as manobras federalistas. (Continua).

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!