REVOLUÇÃO FEDERALISTA 28
FEDERALISTAS SE PREPARANDO PARA A LUTA NA LAPA. Depois da batalha em Rio Negro as tropas federalistas rumaram para Lapa que ainda era o único reduto de resistência republicano. Ao chegar no Rio da Várzea encontraram resistência republicana comandada pelo capitão Clementino Paraná. Ali houveram combates violentíssimos. Aqui nesse ponto da história, os relatos republicanos […]
Por Jornal Liberdade 9 min de leitura
FEDERALISTAS SE PREPARANDO PARA A LUTA NA LAPA.
Depois da batalha em Rio Negro as tropas federalistas rumaram para Lapa que ainda era o único reduto de resistência republicano. Ao chegar no Rio da Várzea encontraram resistência republicana comandada pelo capitão Clementino Paraná. Ali houveram combates violentíssimos. Aqui nesse ponto da história, os relatos republicanos dizem o seguinte: “No dia 14 de dezembro de 1893, um destacamento PM, sob o comando do capitão Rollemberg, atravessou o Rio da Várzea, atacando a força de Piragibe pela retaguarda, enquanto isso a companhia do capitão Clementino Paraná forçava a ponte, em ataque frontal, conseguindo cortar a retirada dos revoltosos. O combate foi violento, os federalistas sofreram muitas baixas, deixando 19 prisioneiros, armas, carretas de munições, cavalos e muitos pereceram afogados. Essa foi a primeira vitória das armas republicanas no solo paranaense e a bravura dos policiais militares despertou a admiração de todos, sendo enaltecidos pelo coronel Carneiro”. Só que não foi isso que aconteceu. Os federalistas puseram Rollemberg e Clementino para correr e avançaram para Lapa e a cercaram. Veja como foi: Cercada de montanhas, a pequena cidade parecia o local propício a não resistir mais de 48 horas de combates como calculava Gumercindo Saraiva. Sitiados os pica-paus somavam cerca de 900 homens mal adestrados na maioria civis voluntários e inferiorizados belicamente.
TRÊS MIL MARAGATOS CERCANDO A LAPA.
Por outro lado, os Maragatos dispunham de um exército de mais de 3 mil homens bem preparados e colocados em pontos estratégicos. A sorte estava lançada. Lapa estava cercada pelos homens de Piragibe, de Gumercindo Saraiva e de seu irmão Aparício, de Juca Tigre e as de Adão La Torre. Realmente, os revolucionários calculavam só dois dias de luta até a capitulação dos republicanos, mas as coisas se complicaram. Sob o comando das operações dos pica-paus, estavam o Coronel Antônio Ernesto Carneiro Gomes, mineiro de Cerro, especialmente destacado pessoalmente pelo Presidente Marechal Floriano que confiava cegamente nele, que já combatera na Guerra do Paraguai e o Coronel Cândido Dulcídio Pereira do Regimento de Segurança do Paraná, ambos, excepcionais estrategistas, exemplos de disciplina obstinada ao cumprimento do dever. Ao contrário das expectativas maragatas, a guerra na Lapa durou 26 dias de verdadeiro inferno para os dois exércitos e para a população civil em verdadeira carnificina. (Continua).
Obrigado! Um abraço de Celso e de Mariana!