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ROLUÇÃO FEDERALISTA 29.

GUERRA NA LAPA. (Texto de Mariana). Lapa foi palco do maior confronto entre federalistas (maragatos) e Republicanos (pica-paus). Aviolência e o terror duraram 26 dias com os estrondos dos canhões e tiros na cidade inteira e apopulação escondida dentro de casa vendo a morte passando nas suas portas a as balaspipocando nas paredes das casas.Mas, […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

GUERRA NA LAPA. (Texto de Mariana).

Lapa foi palco do maior confronto entre federalistas (maragatos) e Republicanos (pica-paus). A
violência e o terror duraram 26 dias com os estrondos dos canhões e tiros na cidade inteira e a
população escondida dentro de casa vendo a morte passando nas suas portas a as balas
pipocando nas paredes das casas.
Mas, vamos recapitular um pouco. De Rio Negro os maragatos rumaram para Lapa e a
cercaram com três mil homens. Na Lapa os republicanos, com 900 homens, eram comandados
pelo Coronel Carneiro que ainda não era general e que procurava manter o moral elevado
solicitando que todos mantivessem a constância e resignação pelo bem da República que em
breve seriam vencedores e estariam em paz. Aqui o general Argolo já havia sido substituído
por outros comandantes.

CORONEL CARNEIRO.

Na noite de 14 de janeiro de 1894, começa aquele que seria um dos maiores feitos cívico militar do Brasil. O Cerco da Lapa. Neste dia os federalistas atacaram de vários pontos. No dia 17 de janeiro, os sitiados (republicanos) foram atacados violentamente. Os maragatos tentaram atacar pelo engenho de mate, mas foram recebidos pelos policiais militares, tendo à frente o Major Ignácio Gomes da Costa, que repeliram os federalistas. Lapa estava literalmente sitiada. Os tiros da artilharia pesada vinham de todos os lados e os lugares mais visados, eram a praça, o cemitério e a casa que servia como hospital. Barricadas e trincheiras eram construídas para fazer defesa às ações do inimigo. A cada dia de batalha, a pequena cidade da Lapa se fragmentava a um amontoado de cadáveres e muitos feridos agonizavam a sua própria sorte. Eram tantos os mortos que não dava tempo para salvá-los nem enterrá-los até porque, ninguém se arriscava sair na rua nem mesmo para acudir um parente ou conhecido porque poderia levar um tiro. Nunca, em tempo algum, Lapa presenciara tamanha violência, terror e carnificina.

GUERRA DENTRO DA CIDADE.

Na próxima edição continuaremos os relatos sobre a cidade inteira sitiada pelos federalistas. Em oportunidade próxima apresentaremos os relatos do médico Felipe Maria Wolff que prestou seus serviços heróicos nessa guerra salvando pessoas e enfrentando a morte em todos os dias. Sua história nas batalhas é emocionante, aguardem!

Obrigado! Um abraço de Mariana e outro de Celso!