Chegou 2023!
“Campos brancos, flores pretas; cinco bois e uma chaveta!”. Quem conhece a adivinhação, já deduz que sou escritor. Por falar em escritor, meu amigo intelectual, Mariano Soltys, disse que 2023 será um ótimo ano, a soma dos algarismos é igual a sete, o que simboliza a perfeição dentro do esquema conceitual da numerologia. Pouco antes […]
Por Israel Minikovsky 11 min de leitura
“Campos brancos, flores pretas; cinco bois e uma chaveta!”. Quem conhece a adivinhação, já deduz que sou escritor. Por falar em escritor, meu amigo intelectual, Mariano Soltys, disse que 2023 será um ótimo ano, a soma dos algarismos é igual a sete, o que simboliza a perfeição dentro do esquema conceitual da numerologia. Pouco antes de fechar 2022, faleceu Bento XVI, um teólogo de peso, que publicou mais de cem títulos editoriais, e articulava excelente latim, apesar de ser um nativo alemão, o que lhe punha, em relação à referida língua erudita, como alóctone. Isto é bem natural, visto que o latim se pratica dentro dos estreitos muros do Vaticano e em outros lugares apertados como certos recintos de algumas universidades europeias. Para ir direto ao ponto, o óbito deste Santo Padre pode ter ocorrido para marcar o fim de um ciclo e o início de outro, sobretudo no campo pensamental. Essa ideia ganha força, principalmente se considerarmos Bento XVI como sucessor e continuador do gênio polonês, João Paulo II. A Santa Sé continua sendo esta exígua área física, pela qual passam ideologias dos mais diversos vieses, e que movem indivíduos das mais distantes nações da Terra. Entendo que, sem entregar-se ao poviléu, o verdadeiro pensador deve sempre estar aberto ao diálogo. Um aparente impérvio caminho pode ser transitável, ao contrário de uma primeira impressão sugerindo o oposto. Os conceitos de heresia e ortodoxia só se fazem entender na relação com doutrinas alternativas. A minha ortodoxia pode ser a heresia para o outro. O dogmático e o cético se complementam e emprestam força, reciprocamente, um ao outro, visto que o outro é apresentado como o exemplo do errado. Não há de quê! Mais ou menos como na política, em que a aglutinação decorre do contraste e da polarização entre direita e esquerda. Hegel explica que a morte do indivíduo é irrelevante, porque o todo é incomparavelmente maior que o pontual. Já uma certa linha de rosacrucianismo indica que Deus é onipresente, e consequentemente, nenhuma parte, nem a menor delas, pode sucumbir ou perder-se. Então, para toda alma haverá de sobrevir a salvação. Também Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, nos deixou, outra personalidade que marcou época e deu forma a uma relevante modalidade esportiva, o que nos induz a crer que, a realidade toda, converge para um ponto em comum, em que até mesmo a esfera espiritual tange outra heteromorfa, como o mundo dos esportes. Quem é bom observador da natureza, bem sabe que a morte é seguida pela vida. Na vivência em sociedade o mesmo ocorre. O luto, portanto, será anulado ou compensado, em alguma medida, pela esperança. Na Bíblia está escrito que “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Ora, assim como todas as noites e o breu são dissipados pela luz da alvorada, também a medida de um ano, aquém das expectativas, é seguida por anos bons ou muito bons. Feitas estas considerações, torço e oro para que tenhamos muita saúde, prosperidades e intensas alegrias neste ano. Com certeza, 2023 já começou a luzir, em grande e requintado estilo!