LINDA HISTÓRIA DE NATAL
A Mesma Dor Une Bem Mais Que o Mesmo Prazer – Prof. Dr. José Kormann Corria a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Duas linhas inimigas, daAlemanha e dos Estados Unidos, estavam próximas e prontas para o ataque, mas umaviolenta nevasca impedia que tal acontecesse nessa noite de Natal de 1944.Entre as duas linhas, bem protegidas, havia […]
Por José Kormann 7 min de leitura
A Mesma Dor Une Bem Mais Que o Mesmo Prazer –
Prof. Dr. José Kormann
Corria a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Duas linhas inimigas, da
Alemanha e dos Estados Unidos, estavam próximas e prontas para o ataque, mas uma
violenta nevasca impedia que tal acontecesse nessa noite de Natal de 1944.
Entre as duas linhas, bem protegidas, havia uma casinha realmente pequena e
nela se abrigavam dois meninos e a mãe deles. O pai e marido mandou que saíssem da
cidade onde moravam por que esta estava sendo atacada. Foram a campo e agora
estavam entre dois possíveis fogos inimigos na pequena casa.
Noite de Natal. Horrivelmente fria e muito escura por causa da neve
abundante que caía. Não é que bateram à porta da casinha? Aberta, e lá estavam
quatro soldados alemães pedindo socorro. Recolhidos, e não é que pouco depois
novas batidas? Aberta a porta e lá estavam três soldados dos Estados Unidos, inimigos
dos alemães. E agora? O que fazer? Não atendê-los, morreriam de frio naquela noite
de Natal.
“Só o amor constrói”, diz o adágio. E assim a mulher mais eficiente que
rápida, recolheu todas as armas dos recém-chegados e as pôs do lado de fora e da
mesma forma recolheu a dos alemães e as pôs também para fora e convidou os
estadunidenses a entrar. E agora sob o bondoso calor do fogão e o apetitoso sabor do
jantar que a dona da casa estava preparando os inimigos se olhavam desconfiados por
algum tempo; mas de repente um dos alemães entoou a canção natalina intitulada
“Stille Nacht”, ou seja, a linda canção natalina, “Noite Feliz.” Todos se abraçaram
desejando um Feliz Natal e muitos mais outros cantos natalinos foram entoados e
todos cantavam.
Anos mais tarde um dos meninos alemães que viveram este caso procurou
muito para encontrar sobreviventes desse curioso fato e encontrou dois nos Estados
Unidos e um deles ainda tinha consigo a bússola que o menino lhe havia dado para que
ele pudesse achar o caminho e assim reencontrar-se com o seu grupo de norte-
americanos.
É, a mesma dor une bem mais que o mesmo prazer.