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TERRORISMO EM RIO NEGRINHO 2.

Você já sentiu medo, terror e emoção tudo misturado? Se não acompanhe a história e sinta tudo isso!

Por Celso e Mariana 46 min de leitura

TERRORISMO EM RIO NEGRINHOPARTE 2 – (TEXTO DE MARIANA).

Antes de mais nada quero homenagear meu esposo Celso pela passagem de mais um FELIZ ANIVERSÁRIO que está acontecendo hoje. Esta peça insubstituível em minha vida tem grande importância no andar da minha carruagem. Ele é guia, é luz, é caminho, amparo, conselheiro e tudo de bom que se possa imaginar para uma esposa e para uma família. Não pára nunca. Pula de uma atividade para outra como se estivesse pulando amarelinha. Quando ele diz: Mariana, eu vou sair de carro, nem bem ele pronuncia o final da frase, eu já estou sentada no banco da frente ao lado motorista e, assim, ele me carrega prá tudo quanto é canto! Prometi, a um ano atrás, que queria dar muitas voltas ao redor do Sol ao lado dele e, cumpri! Uma já dei, agora, se Deus quiser daremos mais uma, mais dez, mais vinte, mais trinta, mais quarenta…não sei quantas, mas sempre quero estar ao lado dessa fera desbravadora de caminhos e horizontes! Parabéns, Celso! Parabéns!

CELSO CRISPIM CARVALHO

GUERRA NO CINEMA. (Texto de Mariana).

Celso, na edição passada, narrou um pouco das atuações de A.D., jovem criativo e inteligente, mas considerado – só considerado, não – ele o era de verdade, um agitador e “injetor de adrenalina” na vida das pessoas, para o bem e para o mal. Seus planos e estratégias espetaculares e ousadas demais para a época (década de 1950/1960) criavam situações jamais imaginadas por outro alguém e, sem dúvidas, eram produtos de uma cabeça inteligente, só que ele não media as consequências dos seus atos que, às vezes, eram catastróficas. É como disse Celso: ele chacoalhava a cidade e, apesar de tudo, as pessoas gostavam dele!

Antes de começar as histórias de hoje, completo o artigo de Celso da edição anterior com uma foto não publicada por falha na postagem, da mulher andando de bicicleta com os joelhos de fora que naqueles tempos causavam espanto e rejeição pela maioria da população feminina, mas causava até certa admiração em muitos homens que nunca viam um joelho de fora.

As mulheres usavam vestido abaixo do joelho. No entanto, a mulherada condenava a coitada que andava de bicicleta taxando-a de “uma daquelas”!

  1. MULHER MAIS MODERNINHA JÁ ANDAVA DE BICICLETA.
IMAGEM DA INTERNET – NAQUELES TEMPOS NÃO HAVIA BICICLETA ASSIM TÃO MODERNINHA

Ah, se fosse comigo andando de bicicleta! Quem olhasse torto prô meu lado, na hora eu aleijaria a orelha dele com uma caçarolada!

Hoje, proponho-me a relatar mais uma das investidas temerosas de A.D. à qual denomino GUERRA NO CINEMA.

Local: Cine Rio Negrinho.

Ator Principal: A.D. (ele mesmo).

Época: Década de 1960.

Naquela época pouquíssimos lares possuíam TV e, uma das principais diversões do povo era o cinema e o futebol de campo para ver os saltos do Goleiro Voador e o coice do Vítor.

  • CINE RIO NEGRINHO. Esta fotografia foi clicada em 1947.

 Quando era exibido um filme de Mazaroppi, Bem Hur, E O Vento Levou ou qualquer outro grande filme, uma das filas para ver o filme ia do cinema até quase na ponte do Salão Lampe, a fila do outro lado atingia a Rádio Rio Negrinho. Quando a sala do cinema entupia, o filme era repetido no dia seguinte. O pessoal que não conseguia entrar naquela noite voltava na outra noite, e o cinema enchia de novo. Mas, aos poucos, a TV foi tomando o lugar do cinema e do futebol de campo, e hoje, seja onde for, é raro achar uma sala de cinema exibindo um bom filme.

O que vou relatar aconteceu por volta de 1966/67 no Cine Rio Negrinho.

Eu (Mariana) estava assistindo o filme de guerra entre o norte e o sul dos Estados Unidos, A Guerra da Secessão.

  • CANHÃO

Em uma das cenas, os soldados giraram e apontaram o canhão (na tela) em direção à plateia (nós).

 O que aconteceu dentro da sala de cinema foi incrível: exatamente quando o canhão desferiu o canhonaço em direção à plateia, com estrondoso tirambaço de fazer tremer a sala, também, ao mesmo tempo, um ou dois foguetes estouraram por sobre a platéia numa sincronia inacreditável entre os dois estouros. Era A.D. em ação!

Todo o ambiente se iluminou e tremeu sinistramente assustando e causando terror em todo mundo

  • FOGUETE POR SOBRE A PLATÉIA.

Foram momentos de puro e verdadeiro terror. Não houve tempo suficiente do cérebro das pessoas discernir entre a fantasia e a realidade: o clarão da tela e dos foguetes, os estouros sincronizados, a fumaça dentro da sala dando a impressão que o tiro do canhão realmente havia sido disparado na plateia, tudo ao mesmo tempo, fez irromper uma gritaria foi tão grande que, se Deus quisesse acabar com o mundo naquele momento, teria que adiar o plano até passar aquele pandemônio de gritos histéricos. (PANDEMÔNIO, nem sei onde arranjei essa palavra!).

  • CONFUSÃO NO CINEMA.

 A gritaria continuou, ninguém se entendia, deu a imediata impressão de que alguém realmente fora atingido pela bala do canhão – alguns gritavam assustados, outros de pavor mesmo, outros nem sabiam porque estavam gritando – mas, a maioria da plateia, gritava para dar corpo à bagunça generalizada. Foi tão grande a confusão que o filme foi parado, as luzes acendidas, apareceram policiais investigando quem havia soltado o “traque” dentro do cinema. Não encontraram o “assassino”. Ninguém o entregou. Só depois que tudo se acalmou, as luzes se apagaram e o filme continuou. Teve gente que, depois do filme, correu para casa “prá passar o susto”!

 Mas, todo mundo sabia que o responsável era A.D, o jovem “artista produtor de adrenalina”. Aqueles momento foram de longe mais emocionantes que o próprio filme! Muitas outras bombas e foguetes foram soltados dentro do cinema em outras oportunidades e custou bom tempo até que a polícia o prendesse ali mesmo, lá na galeria do cinema, quando se preparava para soltar um foguete e isto só foi possível porque um “amigo da onça” o dedou. No momento que a polícia o prendeu, as luzes se acenderam e o filme parou. O público presente olhou para cima, e lá na galeria, A.D. estava sendo levado algemado. A polícia foi vaiada pela plateia inteira com um estrondoso BUUUU e assovios. Não descobriram quem foi o delator, mas se o tivessem descoberto, não sei o que aconteceria com o “traidor”!

 Na verdade, o pessoal gostava do “danado” porque ele agitava um pouco a cidade.

Daquele dia em diante, não mais aconteceram peripécias dentro do cinema, porque a polícia saberia quem seria o responsável.

Se alguém passou mal, não sei, mas que foi emocionante, isso foi!

CALMA, MINHA SENHORA! VOCÊ TEM CHANCE DE SAIR VIVA DESSA!

Caro amigo! Obviamente também esta história está recheada com uma boa dose de humor, mas o causo é verdadeiro e presenciado por mim, que lhe escrevo.

Aproveito para relatar outra história de bicicleta narrada pelo próprio artista principal, que foi Walfrido, pai de Celso. Nesta vez, o famoso A.D. não entra em cena. Os protagonistas são Walfrido (o Frido) e seu primo Argel, este último é o mesmo da história da viagem para Doutor Pedrinho, lembram?

DUAS BICICLETAS E DOIS BABACAS.

Esta, também, pode ser considerada uma história de terror.

Numa quinta-feira qualquer, WALFRIDO e seu primo ARGEL combinaram de fazer uma viagem de bicicleta no sábado para Volta Grande afim de visitar um parente.

 Prepararam as bicicletas, engrenagens e peças diversas tudo bem engraxado, mochila pronta com todos os apetrechos necessários para a viagem, parafusos reapertados e ajustados, até os sapatos foram bem lustrados para se apresentar bem em Volta Grande.

 Acontece que choveu no sábado, mas, empolgados com a ideia, resolveram ir assim mesmo.

Arrumaram as bagagens tudo muito bem amarrado na garupa das magrelas. Cada um montou na sua e partiram da Rua do Sapo, animados tagarelando.

Subiram o primeiro morro, o Morro do Kaminski empurrando a bicicleta, depois desceram em boa velocidade o morro da Famorine e, novamente, tiveram que subir a pé o morro do Jacó Brey empurrando o veículo. Lá de cima, a seguir, vem uma baita descida que vai dar na ponte do Rio dos Bugres.

 Naqueles tempos a ponte era estreita e de madeira, a estrada estava lamacenta devido às chuvas que tinham acabado de cessar.

 Assim, os dois desceram embalados naquela baita ladeira para ganhar tempo na viagem. Bem próximo da ponte, mas antes de chegar nela, havia sulcos na estrada produzidos por rodados de carroças e pneus de veículos automotores.

SAI DE BAIXO.

Na pressa, Argel, que ia na frente, não notou de imediato as depressões no chão da rua e a roda dianteira da bicicleta resvalou em um daqueles sulcos, lançando-o com bicicleta e tudo para dentro do rio. Foi direto como uma flecha e caiu ao lado da ponte em cheio num morrinho de barro e depois rolou para dentro da água também lamacenta do rio.

Walfrido, que vinha logo atrás, viu a cena e, apavorado e desnorteado, fez exatamente o que Argel havia feito, desviou da ponte e foi direto para dentro do rio caindo a meio metro ao lado de Argel. Lá estavam dois primos, assustados, com as caras enterradas no barro, mas não machucados graças ao morrinho de lama que amorteceu a queda dos dois.

TOMBAÇO. VÔO ESPETACULAR.

Mastigaram e cuspiram barro, engoliram água suja, recitaram um rosário completo de palavrões, nenhum deles publicáveis, concordaram em pôr a culpa no demônio pelo acontecido e, com muito esforço conseguiram subir o barranco arrastando as bicicletas que, também, por sorte, não ficaram avariadas. Mas, o ânimo para seguir viagem havia desaparecido por completo. Encharcados, sujos, com frio, empurrando as bicicletas, passando vergonha sempre que encontravam alguém conhecido e tinham que dar explicação pelo aspecto deplorável em que se encontravam voltaram prá casa uma hora depois da partida. Deu um trabalhão para Dona Cristina, esposa de Walfrido, lavar a roupa dos dois heróis que ficaram só no ensaio de uma linda viagem tão bem projetada alguns dias antes.

Walfrido contou que não sabe o que deu nele quando viu o primo desaparecer no barranco do rio e nem porque não rumou para a ponte, mas atirou-se na mesma direção para dentro do rio. Ele confessa: “Não deu tempo nem de pensar e nem de agir direito. Foi como se um forte ímã me puxasse para dentro do rio”!

(Esse depoimento me deixou, também, confusa, sem saber o que pensar disso tudo).

Mas, uma coisa é certa: a viagem foi bem curta, de ida e volta o trajeto percorrido não passa de quatro quilômetros, contudo temos que concordar que os dois viveram uma grande aventura, isso não se pode negar! Essa aventura valeu por dez viagens até Volta Grande e da qual jamais esquecerão!

Interessante que, passado o susto, já em casa com roupas enxutas e servidos com um bom café preparado por Dona Cristina, os dois começaram a lembrar dos detalhes do acontecido e se desmancharam em risadas de sair lágrimas dos olhos, isso por várias horas. Cada um contava um trecho da aventura, até já falando fino sem controle do tom de voz, e quase se engasgavam de tanto rir  E concluíram: – “Na próxima viagem para Volta Grande, nós vamos de novo pular para dentro do rio, é mais emocionante”! Argel completou:  Só que na próxima vez, é você, Frido, que vai na frente, para eu ver como é que uma besta salta para dentro de um rio”!

Quá…quá…quá…!

Tantas outras histórias interessantes como essa são particularidades da História de Rio Negrinho, as quais serão narradas em outras oportunidades!

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Um abraço de Celso e outro de Mariana!

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