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A IMPORTÂNCIA DA ESTRADA DONA FRANCISCA PARA JOINVILLE

A escolha do local para a fundação da Colônia Dona Francisca (futura Joinville, em 1851) está relacionada tanto a fatores geofísicos como econômicos.

Por Celso e Mariana 8 min de leitura

  1. A presença do porto de São Francisco,
  2. a navegabilidade do Rio Cachoeira – que era navegável até a Lagoa do Saguaçu, chegando à Baía da Babitonga – e,
  3.  a proximidade dos férteis campos de Curitiba e Lages foram fatores determinantes para a escolha do local para estabelecer a Colônia.

 Os dirigentes da Colônia sabiam que poderiam alcançar os Campos de Curitiba por meio da Estrada Três Barras, e os Campos de Lages por picadas que avançavam pela Serra do Mar em direção a oeste. 

A pequena colônia mais tarde tornou-se a maior cidade do Estado de Santa Catarina. 

  1. COLÔNIA DONA FRANCISCA -1852

No começo, tudo era lento, aquela pequena sociedade, pautada na pequena produção mercantil, de acumulação lenta, foi gerando nas suas entranhas os elementos concretos para a diferenciação social, em que alguns pequenos proprietários, comerciantes e artesãos se tornaram capitalistas prósperos e outros se arruinaram, seguindo o rumo da proletarização (operariado – pobre).

 Esta diferenciação criou as condições para a rápida transformação da mais valia em capital, acelerando o processo de acumulação. É a formação do mercado interno. Inicialmente, dado o pequeno volume de produção, o mercado tem uma abrangência local e regional e, com difusão da divisão do trabalho, a produção se amplia paralelamente com a necessidade de conquistar novos mercados. 

Neste segundo estágio, os transportes de média e longa distância dão sustentação
ao fluxo mercantil. 

CRESCIMENTO VIRTUOSO DE JOINVILLE.

Mas, com a construção da Estrada Dona Francisca, o crescimento virtuoso de Joinville, se alavancou porque foram fundados novos núcleos populacionais. Também, a navegação dos rios Iguaçu e Negro, aceleraram a exploração racional da erva-mate em território catarinense, e mais a construção de estradas de ferro, isso tudo num curto período de 25 anos, transformou a região de uma economia natural numa economia mercantil. Foram criadas as condições materiais para a reprodução do capital, tendo como móvel da acumulação as atividades ervateiras.

O porto de São Francisco do Sul, teve desenvolvimento notável, visto que a EDF fervilhava de carroças levando produtos e erva-mate do planalto para Joinville e para o porto de SFS. 

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!