A visão de Brasil dos Ingênuos e o que temos na Prática Governamental
Desde o mês de janeiro de 2023, quando o Presidente Lula tomou posse, criou-se uma expectativa na nação que seriam tempos de um esforço para o fim da polarização e o apaziguamento de ânimos visando a união entre os diferentes. O fato é que houve um aumento do antagonismo político polarizado e um acirramento ainda […]
Por O Brasil como nos parece 9 min de leitura
Desde o mês de janeiro de 2023, quando o Presidente Lula tomou posse, criou-se uma expectativa na nação que seriam tempos de um esforço para o fim da polarização e o apaziguamento de ânimos visando a união entre os diferentes. O fato é que houve um aumento do antagonismo político polarizado e um acirramento ainda maior de ânimos, correndo um sério risco, a muito tempo não visto, de um distúrbio civil.
Outro fator importante a ser analisado neste momento, são os indicadores econômicos, eles não apresentam ainda nenhuma catástrofe, porém, o rombo fiscal é enorme (R$ 58, 4 bilhões só em fevereiro, pior resultado em 28 anos, segundo portal G1 do grupo Globo e dados da mesma fonte, o déficit de 2023 foi de 230, 5 bilhões) e isso poderá acarretar (já vemos sinais) de inflação e recessão, pois nenhuma nação aguenta gastos muito acima daquilo que é arrecadado. Isso é o que acontece com quem não se preocupa com metas e responsabilidade fiscal, infelizmente, pagaremos o preço – os detentores do poder, como sempre, nunca.
Os indicadores citados no parágrafo anterior trazem um cenário muito nebuloso para o curto e médio prazo. No início desta semana, segundo os principais veículos de comunicação como CNN Brasil, G1 e Jovem Pan, por exemplo, destacaram uma irritação do atual presidente com o próprio governo dele, quando cobrou do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Ministro da Economia, Fernando Haddad, do primeiro uma melhor articulação com o congresso nacional e do segundo, acredite, que ele deve ler menos e focar mais na sua função. Essas informações são sinais claros para a nação de que os rumos do governo precisam melhorar o quanto antes, para que não tenhamos uma repetição do governo melancólico de Dilma Rousseff, do caótico governo Sarney (1985-1990) e dos últimos presidentes militares, especialmente o de João Figueiredo (1979-1985).
Por fim, é preciso que tanto a estratégia de tentar esconder os erros do governo atual (economia, dengue, alta de preços e falas desastrosas em relação a diplomacia) distraindo a população com questões ligadas ao ex-presidente Bolsonaro, bem como a teimosia da irresponsabilidade fiscal, deem lugar ao diálogo e a apresentação de algo concreto para economia, pois até agora não se viu nada, o arcabouço fiscal, com as projeções do próprio governo, está quase condenado. É preciso que a população dê o recado nas urnas e acene não só para o governo, mas para o fim de uma insana polarização, que enfraquece as instituições inclusivas e a democracia, portanto.
Prof. Leonardo Furtado
Doutor em Desenvolvimento Regional