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APAEs de SC em Risco

Suspendeu novas matrículas

Por Jornal Liberdade 7 min de leitura

Deputado Dr. Vicente Caropreso alerta sobre suspensão de matrículas nas APAEs de SC

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) expressou sua preocupação com a recente decisão da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) de suspender novas matrículas nas APAEs do estado. Essa medida gerou apreensão na comunidade, especialmente entre aqueles que aguardam vagas nas instituições. Além das APAEs, a suspensão também afeta as AMAs e outras entidades parceiras da FCEE.

O deputado informou que discutiu o assunto com a presidente da FCEE, Jeane Rauh Probst Leite, que comparecerá à próxima reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência para explicar os motivos da suspensão. Segundo Dr. Vicente, a principal justificativa é o orçamento comprometido da pasta até o final do ano. Ele ressaltou que, enquanto no ano passado foram 600 novas matrículas nas APAEs, em 2024 já foram registradas 2 mil novas inscrições, refletindo o aumento populacional em Santa Catarina.

Dr. Vicente também destacou a situação da APAE de Jaraguá do Sul, que conta com quase mil alunos, mas enfrenta uma fila de espera de 1.900 pessoas, das quais 725 aguardam diagnóstico e 1.177 por reabilitação. O Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civil pública exigindo um plano para eliminar essas filas.

Outro desafio mencionado pelo deputado é a falta de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e terapeutas, o que dificulta a ampliação do atendimento nas APAEs e AMAs. Ele ressaltou que mais de 60% dos atendimentos na APAE de Jaraguá do Sul são voltados para pessoas com autismo, aumentando a demanda pelos serviços.

Ao final de seu discurso, Dr. Vicente enfatizou a importância de garantir os direitos das pessoas com deficiência e a necessidade de um diálogo sobre o financiamento das APAEs, AMAs e outras entidades de educação especial. “Essa é uma questão de inclusão, de saúde pública, e precisa ser tratada com seriedade”, concluiu.