Ataque aos três poderes em Brasília completam um ano
Acompanhe o decorrer do caso de terrorismo e como vem sendo a investigação de envolvidos
Por Cauan 7 min de leitura
Convocadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as principais autoridades da República se reúnem hoje (08/01) no Congresso Nacional para o evento “Democracia Inabalada”, marcando o aniversário de um ano dos criminosos ataques às sedes dos Três Poderes da República em 8 de janeiro de 2023.
Naquela ocasião, milhares de apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (então PL) invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), expressando insatisfação com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As acusações de Bolsonaro sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas foram ecoadas, questionando a legitimidade da eleição e clamando por “intervenção militar” em faixas, e “protestos”.
O ato no Congresso visa reunir Lula, seus ministros, os presidentes do Senado (Rodrigo Pacheco) e da Câmara (Arthur Lira), governadores de Estado e ministros do STF, como Luís Roberto Barroso (presidente da Corte) e Alexandre de Moraes (presidente do TSE). Segundo a Folha de S.Paulo, Lira cancelou sua presença devido a problemas de saúde na família. Representantes de movimentos sociais e da sociedade civil são esperados.
Ao contrário do ato após os ataques, onde houve uma forte união contra os extremistas, governadores aliados de Bolsonaro não devem comparecer. Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Mello (SC) e Ratinho Júnior (PR) já confirmaram ausência.
Um esquema de segurança especial, em colaboração com o Distrito Federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi organizado. Cerca de 2 mil policiais militares do DF atuarão na área central de Brasília, com mais 250 homens da Força Nacional na área do Palácio do Planalto.
A responsabilização de autoridades e militares, a falta de medidas para fortalecer o poder civil sobre os militares e o debate sobre o uso das redes sociais para atacar as instituições democráticas são pontos críticos.