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Comparando Banana com Laranja: O Erro de Igualar Posse de Armas com Veículos

Opinião

Por Gilmar dos Passos 3 min de leitura

Neste mês de outubro de 2024, a defesa da posse de armas voltou ao centro do debate, reacendida por uma tragédia em Novo Hamburgo (RS), onde um homem armado matou familiares e policiais. Nessa discussão, um especialista, no jornal mais famoso da cidade de São Bento do Sul, comparou a posse de armas à de veículos, sugerindo que ambos podem matar e, portanto, deveriam ter regulamentações semelhantes.

Essa analogia, porém, ignora diferenças cruciais. Enquanto veículos são criados para deslocamento, as armas têm como propósito primário ferir ou matar. Mesmo que usadas para defesa, o risco letal é inerente ao seu uso. Além disso, o uso diário de um veículo não envolve a intenção de matar, enquanto portar uma arma sempre traz um risco de violência, seja intencional ou acidental.

Ao equiparar armas e veículos, esse tipo de argumentação simplifica um debate que deveria focar nas graves implicações do acesso fácil a armamentos. É essencial que a sociedade compreenda os riscos reais de permitir a ampla posse de armas, objetos criados para tirar vidas.