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CyberGAECO e PCSC deflagram operação conjunta para desarticular organizações criminosas suspeitas de fraudes cibernéticas

Operação Mão Fantasma

Por Gilmar dos Passos 10 min de leitura

A operação “Mão Fantasma”, conduzida pelo CyberGAECO e pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), visa desarticular três organizações criminosas suspeitas de realizar cerca de 250 fraudes cibernéticas, movimentando aproximadamente R$ 90 milhões. São cumpridos 34 mandados de prisão preventiva e 73 de busca e apreensão em sete estados: SC, SP, PR, RJ, BA, PB e CE.

Essas organizações especializam-se em fraudes bancárias, utilizando técnicas como o “mão fantasma/acesso remoto” e a “falsa central de atendimento”. Investigações iniciais, realizadas pela Delegacia de Polícia de Ascurra/SC, revelaram que os criminosos instalavam aplicativos de gerenciamento remoto nos celulares das vítimas, permitindo o controle e a transferência ilícita de valores.

Os grupos criminosos utilizavam números de telefone 0800 para simular centrais de atendimento de instituições financeiras, enganando as vítimas e obtendo dados para criar contas em nome de “laranjas” e recepcionar os valores roubados. Estima-se que mais de R$ 5 milhões foram subtraídos de vítimas em Santa Catarina.

Outra investigação, conduzida pela Delegacia de Polícia de Turvo/SC, iniciou-se após uma idosa de 70 anos ser enganada por falsos funcionários de uma instituição financeira, resultando em um prejuízo de R$ 86.550,00. As investigações sugerem que, nos últimos dez anos, as organizações criminosas movimentaram cerca de R$ 90 milhões em transações suspeitas.

Além das prisões e apreensões, o Poder Judiciário acolheu as medidas assecuratórias da Polícia Civil e do Ministério Público, incluindo o bloqueio de bens, valores e criptoativos de 44 pessoas físicas e jurídicas, e a apreensão de veículos de luxo. Estas ações visam garantir recursos para ressarcir as vítimas.

A operação conta com o apoio das Polícias Civis de SP, PR, RJ, CE e PB, além do GAECO e do Ministério Público da BA. O nome “Mão Fantasma” refere-se à técnica usada pelos criminosos, que, após enganar as vítimas, realizavam transferências a partir dos aparelhos das próprias vítimas.

A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/SC) e o CyberGAECO desempenham papéis cruciais na operação. A DEIC/SC coordena investigações complexas contra organizações criminosas, enquanto o CyberGAECO, uma força-tarefa do GAECO, se especializa em crimes virtuais, contando com a participação de várias forças policiais e do Corpo de Bombeiros Militar.

O GAECO, por sua vez, é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, com o objetivo de identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas.