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ESTRADA DONA FRANCISCA 11

SURGE OXFORD – PARTE 2. Como vimos na semana passada, o engenheiro-agrimensor Theodor Ochsz fez uma vila escondida no meio do mato para não ser notada, mas o som dos machados que ecoava longe na floresta e a fumaça que subia das chaminés os traíram. Provavelmente alguns colonos que caçavam nas imediações viram a fumaça […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

SURGE OXFORD – PARTE 2.

Como vimos na semana passada, o engenheiro-agrimensor Theodor Ochsz fez uma vila escondida no meio do mato para não ser notada, mas o som dos machados que ecoava longe na floresta e a fumaça que subia das chaminés os traíram. Provavelmente alguns colonos que caçavam nas imediações viram a fumaça ou ouviram o som dos machados ou, então, a vila foi notada por uma das turmas de trabalhadores da abertura da Estrada Dona Francisca que agia próximo ao local e que Ochsz não sabia desse fato, curiosos, foram verificar e descobriram a pequena vila.

FOTO 1. A FUMAÇA REVELADORA

 Logo, São Bento, Joinville e a capital Desterro (Florianópolis) ficaram sabendo. Medidas foram tomadas, mas o engenheiro Ochsz também soube que foi descoberto. Quando o pessoal de São Bento foi até o local, encontrou a vila abandonada: o engenheiro havia fugido temendo uma forte ação de rechaço. A partir desse dia, esse local passou a ser chamado na língua alemã de “Da woder Oschsz fort is” (Ali onde o Ochz foi embora). Esta expressão foi se simplificando cada vez mais na fala do povo simples até ficar Ochz fort para, finalmente, e ninguém sabe como e porque, passar-se a escrever Oxford, homônimo da célebre Oxford inglesa.

FOTO 2. FUGA DE OCHSZ DE CANOA PELO RIO NEGRO

Assim, o grande e belo Bairro Oxford de São Bento do Sul, a partir de um confronto de guerra de limites, ganhou um lindo nome que permanece até hoje. Isso tudo aconteceu, enquanto uma simples picada de mulas ligava Joinville a São Bento. Este trecho da Estrada Dona Francisca foi inaugurado em 1877. A partir da saída de Ochsz, a Sociedade Colonizadora de Hamburgo resolveu, uma vez por todas, lotear os terrenos do lado esquerdo do rio Negro e seus afluentes. E assim se fez com certa rapidez. (Colégio Estadual Celso Ramos Filho, 1996, págs. 22 e 23, José Kormann).

Nota: “A fumaça reveladora” na descoberta da vila e a “fuga de Ochsz de canoa pelo rio Negro são os indícios mais aceitáveis, apesar de ninguém ter absoluta certeza.

São Bento tem histórias interessantes para ser contadas e na próxima edição veremos o que a primeira escola de São Bento tem a ver com a história de Oxford.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!