Página Inicial | Colunistas | ESTRADA DONA FRANCISCA 17.

ESTRADA DONA FRANCISCA 17.

SÃO BENTO ATACA JOINVILLE. Em meados do ano de 1870, boa parte dos imigrantes trabalhava na abertura da Estrada Dona Francisca que era o único meio de ganhar dinheiro e o pão de cada dia. Eram tempos difíceis para muitos deles, largados no meio do mato, longe de tudo, sem recursos e nem dinheiro, se […]

Por Celso e Mariana 9 min de leitura

KODAK Digital Still Camera

SÃO BENTO ATACA JOINVILLE.

Em meados do ano de 1870, boa parte dos imigrantes trabalhava na abertura da Estrada Dona Francisca que era o único meio de ganhar dinheiro e o pão de cada dia. Eram tempos difíceis para muitos deles, largados no meio do mato, longe de tudo, sem recursos e nem dinheiro, se sujeitavam ao trabalho braçal bruto rasgando a serra com ferramentas rústicas, abrindo o caminho que mais tarde seria a Estrada Imperial Princesa Dona Francisca.

  1. SERRA DONA FRANCISCA EM 1878.

As subvenções vinham do Império até a Sociedade Colonizadora de Joinville que repassava os valores ($) aos trabalhadores. Aconteceu que no ano de 1878 o pagamento atrasou por alguns meses e o pessoal começou a passar fome e necessidades, se ajudavam com podiam, mas a situação piorou a ponto de os colonos armarem uma revolução. Trezentos homens se muniram de espingardas, foices, facões e machados, raptaram o sub-delegado de São Bento, Heeren, e o levaram como refém, à força em caminhada até Joinville com a intenção de pedir, sob pressão, providências imediatas quanto aos pagamentos atrasados.

  1. REVOLUÇÃO DOS COLONOS. 

Os “guerreiros” são-bentenses estavam certos de que imporiam sua vontade por bem ou por mal porque 300 “feras raivosas” decididas e armadas é algo a ser temido e pretendiam descer o cacete no pessoal da Sociedade Colonizadora de Joinville responsável pelas subvenções aos trabalhadores da estrada. 

Porém, nos dois dias em que desciam a serra, um “amigo da onça” avisou o delegado de Joinville, F. Jordan, sobre a manobra dos colonos. Qual foi o susto, quando os revoltosos, já em Joinville, foram cercados por um grande destacamento militar e de policiais preparados com força bélica muito superior à deles, e prontos para o confronto. Em questão de segundos o “batalhão” de São Bento estava sitiado. A defesa joinvilense havia preparado a arapuca enquanto os são-bentenses desciam a serra. Em ritmo de guerra o delegado Jordan obrigou-os a depor as armas e a iniciarem de maneira pacífica as conversações. Não havendo outro recurso os colonos obedeceram e se renderam. O esforço dos colonos rendeu-lhes um auxílio especial de 1.000$000 (um milhão de contos de réis). Esse dinheiro foi-lhes providencial até que a situação das subvenções fosse regularizada.

Éééé!! Cuidado quando mexer em vespeiro!

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!