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ESTRADA DONA FRANCISCA 23

DADOS HISTÓRICOS MENOS CONHECIDOS. Essa matéria será dividida em duas partes: a primeira, hoje, a segunda, na próxima edição, com dados poucos conhecidos da estrada e dos trabalhadores. (Pesquisa de Celso). As obras da Serrastrasse (Estrada da Serra, como era conhecida a Estrada Dona Francisca) iniciaram no dia 29 de março de 1858, com 40 […]

Por Celso e Mariana 9 min de leitura

DADOS HISTÓRICOS MENOS CONHECIDOS.

Essa matéria será dividida em duas partes: a primeira, hoje, a segunda, na próxima edição, com dados poucos conhecidos da estrada e dos trabalhadores.

(Pesquisa de Celso). As obras da Serrastrasse (Estrada da Serra, como era conhecida a Estrada Dona Francisca) iniciaram no dia 29 de março de 1858, com 40 trabalhadores. Os trabalhos foram interrompidos com a Guerra contra o Paraguai e só foram retomados com o fim da guerra em 1870.  A estrada teria 30 palmos de largura (seis metros) e valetas abertas em ambos os lados (FICKER, 1965).

Foto 1. CASAS ÀS MARGENS DA ESTRADA. À medida que a estrada avançava as casas surgiam.

Em 1870 as obras continuaram, mas no ano de 1873 estavam efetivamente prontos apenas o trecho de Joinville até a base da serra. O restante (morro acima) eram picadas abertas e desmatadas. O trânsito de carroças e cargueiros se limitava, principalmente aos trechos mais próximo de Joinville. 

As obras somavam, ao todo, 143,4 quilômetros, com largura entre as bordas externas das sarjetas de 6,8 metros, sendo que, na serra, chegava até cinco metros, com declive das rampas de 7,5%, atingindo o ponto mais alto a 850 metros acima do nível do mar; caso fosse estendida até a Lagoa de Saguçu em Joinville, ela alcançaria 156 quilômetros.

CARROÇAS CIRCULAVAM ENTRE JOINVILLE E O PÉ DA SERRA. 

(Pesquisa de Mariana). DISTRITOS

 Em 1875, a construção da estrada foi dividida em cinco distritos:
1º distrito – 24,5km, de Joinville até a subida da serra, empregava 606 trabalhadores, / 2º distrito – 8,2 km, ficava na Serra do Rio Seco, empregava 103 trabalhadores, / 3º distrito – 20 km, segue da serra até a Encruzilhada, empregava 1.379 trabalhadores. (Alcides Goularti Filho. A ESTRADA DONA FRANCISCA).
4º distrito – 43,4 km, da Encruzilhada até Ribeirão da Serra, empregava 500 trabalhadores, subdividido em 4 seções: ∙ Da encruzilhada ao Rio Turvo, 13,3 km, ∙ Do Rio Turvo ao Rio Grande, 11,6 km, ∙ Do Rio Grande a São Bento, 8,5 km, ∙ De São Bento ao ribeirão da serra, 10,0 km. / 5º distrito – 47,3 km, da Encruzilhada seguia até a vila de Rio Negro, no Paraná, empregava 40 trabalhadores (RELATÓRIO ESTRADA DONA
FRANCISCA, 1875). 

Eram 2628 pessoas trabalhando na construção da estrada. Foi o ganha-pão mais seguro da época para os imigrantes. (Continua).

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!