ESTRADA DONA FRANCISCA (Parte 3).
No contrato da Sociedade Colonizadora constava a vinda de imigrantes europeus que trabalhariam na construção da estrada sob subvenção da Colonizadora e da Colônia Dona Francisca. Mas, depois, em 1858, Léonce Aubé, diretor da Colônia, assumiu a administração dos trabalhos e deu início à construção da estrada sob custeio imperial com subvenções mensais aos trabalhadores. […]
Por Celso e Mariana 9 min de leitura
No contrato da Sociedade Colonizadora constava a vinda de imigrantes europeus que trabalhariam na construção da estrada sob subvenção da Colonizadora e da Colônia Dona Francisca. Mas, depois, em 1858, Léonce Aubé, diretor da Colônia, assumiu a administração dos trabalhos e deu início à construção da estrada sob custeio imperial com subvenções mensais aos trabalhadores.
TRABALHOS BRAÇAIS DOS IMIGRANTES. (FOTO 1)
Carlos Ficker, no livro “História de Joinville – Crônica da Colônia Dona Francisca” reproduz as instruções que deveriam ser observadas na construção da nova estrada: “1º – a estrada terá 30 palmos de largura, contados entre as arestas das valetas laterais – espaço suficiente para a passagem de uma carroça;
2º – as valetas serão abertas de ambos os lados da estrada, sendo em planície e em morros somente do lado de cima destes e terão cinco palmos de largura e três ditos de profundidade”.
A partir de 1858, os trabalhadores avançavam na abertura da estrada sob chuva ou sol, sob calor ou frio, lançavam suas picaretas, enxadas, foices, enxadões e marretas sobre o chão duro, pedregoso ou não com força bruta muscular sem nenhuma máquina que os ajudasse na árdua tarefa. Muitos acidentes, muito desconforto na solidão da mata dormindo em cabanas improvisadas tendo que controlar o medo de ser atacado por animais selvagens, picadas de serpentes peçonhentas e pelos índios que acreditavam ser canibais.
INDIOS CANIBAIS.
Era assim que na Europa se propagava a ideia dos índios brasileiros; impiedosos e canibais comedores de carne humana, por isso os imigrantes tinham muito medo deles.
Política O traçado da Estrada da Serra foi definido de Joinville até Rio Negro em 1858. A Província do Paraná não aprovava este trajeto porque os produtores do planalto primariam pelo trajeto até São Francisco que era a metade da distância do planalto através de Curitiba até Paranaguá e, com isso, prejudicaria a economia do Paraná. No total, eram 17 itens, que descrevem minuciosamente como deveria ser a “Franciscastrasse”.
Na próxima edição veremos os desentendimentos entre Santa Catarina e Paraná.
Obrigado! Um abraço de Celso e de Mariana!