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Filosofando no Sul

Silvio Santos e herança filosófica

Por Mariano Soltys 10 min de leitura

Silvio Santos e herança filosófica

Silvio Santos marcou uma era, e trouxe para o pensamento popular, desde que começou mais ativamente, com o Baú da Felicidade, até com o nascimento do SBT, que tem uma sintonia com a minha pessoa, pois ambos nascemos em 1981. Fato é que acompanhou a vida de todos a presença desse além de judeu, brasileiro que investiu grande parte de todo seu tempo, a apresentar o programa premiado em recorde, como o mais longo. A sabedoria de seu antepassado ficou e a dele também, ambos descendentes de Davi, e assim trazendo consigo uma herança sagrada. O antigo Isaac Abravanel falava de anjos, e foi a última leitura que tive de um comentário seu, do livro bíblico de Gênesis, chamado pelos judeus de Bereshit, comentando que os anjos estavam preocupados com Sara, desta não estar se sentindo bem, uma vez esta não se juntando a eles na refeição.

Silvio Santos deixou um grande legado para a TV, e quem viveu a era da televisão o presenciou em diversas produções, desde envolvendo jovens, pessoas mais maduras, até crianças. O SBT tinha a identidade atrelada a ele, e sem ele perderá muito, uma vez que em diversos momentos a dedicação era hercúlea. Semelhante ao antepassado, ele deixou uma obra que por gerações será prestigiada, assim como nas leituras minhas do pensamento judaico, de Talmude, comentários a Torá, Midrash, etc, e assim levando ao mais profundo em relação a Deus. Descobri o antigo Abravanel numa leitura em espanhol do Chumash, nome dado a Torá, e o novo Abravanel ainda criança, quando nos domingos a família se reunia em volta da TV, como num conto em fogueira. Que Silvio Santos seja essa fogueira para o céu.
Mariano Soltys, advogado e teólogo