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Filosofia no Sul

Palestra sobre primeiros socorros  Muito interessante são as palestras feitas por bombeiros nas escolas, informando sobre atos em casos de emergência, primeiros socorros, acidentes, engasgos, dentre outros. O caso de liberar as vias aéreas para o acidentado ou pessoa socorrida respirar melhor, bem como ver, ouvir e sentir (VOS), que é um procedimento essencial em […]

Por Mariano Soltys 13 min de leitura

Palestra sobre primeiros socorros 

Muito interessante são as palestras feitas por bombeiros nas escolas, informando sobre atos em casos de emergência, primeiros socorros, acidentes, engasgos, dentre outros. O caso de liberar as vias aéreas para o acidentado ou pessoa socorrida respirar melhor, bem como ver, ouvir e sentir (VOS), que é um procedimento essencial em primeiros momentos, até alguns minutos, que podem salvar a vida e ajudar a informar o pessoal do socorro, que assim já antecipa o quadro do socorrido. Ver se está vida, sentir pulso, ouvir se conseguir.  Também deixar a pessoa deitada, e não sentada, quando a mesma passa mal. Isso libera a respiração e oxigenação do cérebro. Ademais, mostrou-se cuidados com demais acidentados, como talas em fraturas, tipos e fraturas, bem como como proceder quando a pessoa se engasga. Disse para evitar colocar a mão dentro da boca porque em convulsão a pessoa poderia morder e não soltar mais o dedo. Também se falou como proceder em relação a bebês, com tapas nas costa e cabeça da criança em direção ao chão, em torno de 45 graus, a fim de desobstruir a garganta, auxiliando assim um vômito ou respiração, e salvando a vida do neném, onde se usa um boneco na simulação. Deixar após o bebê de lado, e não de costas, a fim de que respire melhor e vomite, se precisar. As pessoas mais velhas são segundo o bombeiro, as mais ocorridas no que se refere a engasgar, de modo que o ato imediato pode salvar a vida e auxiliar muito, até que chegue o socorro. Outros detalhes foram mostrados, como verificar o pulso. Mas tudo parece depender mais de se estar calmo para fazer o atendimento, numa postura filosófica fria e calma, ao estilo do pensamento estóico. O desespero não ajuda, e nem atos confusos podem auxiliar no caso de pessoa que necessita resgate ou atendimento. O professores, além de terem preparação com a segurança, agora se veem instruídos nos casos de emergências, o que demostra mais qualidades na educação e segurança em geral. 

Feira do livro de Joinville, Ailton Krenak e povos tradicionais

Falando em aulas de sociologia a respeito dos povos tradicionais, mais especificamentre de indígenas, ocorre que por coincidência, ao ir a feira do livro de Joinville, descobri apenas depois que um dos livros adquiridos, sobre Ailton Krenak, era tema de palestra no mesmo dia, nesse evento. Desse modo, o ativista indígena e ambiental tem boas lições a respeito do Brasil e dos povos tradicionais. Ele afirma sobre o suposto descobrimento do Brasil, que houve uma invasão e invenção, e que os povos indígenas até hoje estão em guerra, uma vez que existe uma guerra de brancos. Krenak também ensina em um vídeo, sobre o povo ianomami, aquele que o jornal recente mostrou estar abandonado em governo anterior, com crianças passando fome, de modo que há 30 anos o povo se via como o único do planeta. Isso lembra uma população adâmica, ou original, de Adão bíblico. Mas voltando a Krenak, ele  falou que conversando na época com um ianomami, este perguntou se havia outros índios na terra, ou se havia brancos. Krenak falou que existe muita pessoa lá fora. Ainad sobre o mesmo assunto, disse que é que nem formiga em um formigueiro. Ademais, o ianomami perguntou como que tanta gente faz com sua comida e seu lixo, o que demonstra a grande sabedoria indígena com o tema ambiental e de sustentabilidade. Foi a melhor pergunta que um índio teria feito a Krenak, segundo ele. Hoje o tema indígena ganha destaque, uma vez o julgamento sobre o marco temporal, que pode ser muito importante para o destino dos índios no Brasil, uma vez sua oposição a esse marco temporal. Em verdade, os descobridores do Brasil foram os índios. 

Mariano Soltys, advogado e professor