JEAN CARLO CARVALHO – HOMENAGEM DE ANIVERSÁRIO
Não se assustem
Por Celso e Mariana 61 min de leitura
(Texto de Celso e Mariana)
Não se assustem, o que vamos contar são relatos verdadeiros de um filho que, assim como os pais, é um aventureiro dos mais malucos.
Aliás, toda a família é prá lá de doidona!
OLHE O LUGAR ONDE JEAN MORA.
Mais parece um reino de contos de fada.
JEAN COM OS PAIS CELSO E MARIANA.
Nascido em 10 de Junho de 1983, em Rio Negrinho, esse nosso filho mais novo (de Celso e de Mariana) é um ousado aventureiro, inventor nato, inteligente e criativo.
OS QUATRO IRMÃOS.
Da esquerda para a direita: JEAN, JUNI, EDSON E VIRGÍNIA.
Desde muito pequeno já mostrava interesse por máquinas. Em certa época, já jovem, inventou algumas máquinas interessantes e genuínas.
Tal qual o pai dele, também “aprontou” um sem número de peripécias.
Teve uma infância feliz nadando nos rios, tomando banho em cachoeiras, subindo em árvores, passeando em belos lugares com os pais…Oh, vidão!
O LOBISOMEM
Dentre suas malandragens, imitava perfeitamente o uivo de um lobisomem escondido no mato na quaresma. Teve gente que correu de medo!
Percebem que a mente humana leva seu dono a defender-se até daquilo que não existe?
Com um motor de geladeira inventou um cortador de grama que funcionava com eletricidade através de cabos.
BICICLETA DOIDA.
Essa simples invenção retrata como tornar a vida bem divertida.
Em outra oportunidade, inventou um veículo, tipo quadriciclo, que funcionava perfeitamente com gasolina. Acionando uma alavanca, o carrinho andava para a frente, puxando a alavanca para trás, o carrinho dava a ré.
Foi adquirindo experiência no manejo e conhecimento de máquinas e motores que passou a consertar motos e outros veículos avariados e formou uma boa clientela.
Cursou eletricidade e formou-se eletricista. Fez toda a instalação da sua nova casa.
Uma série de outras tantas invenções saíram de suas mãos, sempre com sucesso. Mais recentemente construiu uma roda d’água de madeira, que lhe fornece energia elétrica para sua residência no sítio onde mora, em Rio Casa de Pedra.
Lá no sítio, inventou um portão que abre com controle remoto, uma pistola de pintura com canecas ou sei lá o que, mas que funciona muito bem.
NAMORANDO NO ALTO DO MORRO
Arranjou a lourinha mais bonita da paróquia e a levava de moto para apreciar lindas paisagens do alto dos morros. Ummmh!
O CASAMENTO. Não demorou em transformá-la em sua esposa. (Sujeito esperto, não acham?)
Nem bem saiu da igreja e já beijou a noiva na frente de todo mundo…bem que poderia tê-la levado lá atrás da igreja.
Depois teve que carregá-la no colo até em casa. Viu no que deu se gabar para ela que era o homem mais forte da paróquia?
Sozinho edificou uma charmosa e bela casa também em Rio Casa de Pedra, na qual fez toda a fiação elétrica e a rede de água e esgoto, mas preferiu morar na linda casa, num belo sítio, que Luciane herdara dos pais, onde pode absorver e apreciar a paisagem, o canto dos pássaros, os aromas da natureza e viver no meio dos bichos.
BICHINHOS DE ESTIMAÇÃO NA VARANDA DE TRÁS DA CASA.
Esses bichanos são tratados como se fossem filhos do casal.
JEAN E LUCIANE moram numa linda casa em estilo interiorano no sítio deles em Rio Casa de Pedra, com varanda na frente, atrás e no lado. No sítio tem espaço para andar a cavalo, tomar banho no lago, escorregar de zorra e um galpão para festas para os amigos e uma vasta área de roça caso um dia queiram virar agricultores.
Jean e Luciane preferiram deixar do jeito que era a varanda nos tempos que os pais de Luciane vinham da roça, tiravam o suor do corpo, lavavam as mãos e o rosto numa bacia em cima de uma mesinha, antes de entrar em casa. É uma honrosa memória aos colonos que lutaram de sol a sol para criar os filhos.
Possui sentido de orientação mental em áreas de matagal fechado, tão apurado, que parece ter uma bússola no cérebro.
Com Luciane Ferreira de Lima, sua esposa, também de Rio Casa de Pedra, vive aventuras nos campos, cachoeiras, montanhas, etc.
JEAN NO TOPO DO MORRO DO BOI EM CORUPÁ..
Destemido, sabe que o perfeito equilíbrio entre mente, corpo e alma é determinante para realizar sonhos que para muitos parece impossível
Sempre teve gosto por viagens e passeios.
Para ele, não há nenhum problema sentar ou se equilibrar na ponta de uma pedra mesmo nas alturas, na verdade, é um prazer inusitado e indescritível!
Nas viagens conosco, aprendeu, exponenciou e aperfeiçoou como controlar o medo e avaliar situações para que não ofereçam perigo.
JEAN COM SUA ESPOSA LUCIANE APRECIANDO BELA CACHOEIRA.
Este é um dos modos de como degustar a própria felicidade!
Desprovido de medos infundados, tem percepção e noção de equilíbrio em lugares que para muitos seriam, de fato, perigosos, mas que para ele são apenas lugares a mais para curtir e sentir o sabor das sensações aventurosas
É arrojado, notavelmente bem mais que qualquer pessoa comum.
Suas ações arrojadas parecem até passar dos limites.
BICICLETA VOADORA.
A cena retrata como aconteceu.
Construiu uma rampa de madeira à beira do lago, embalou a bicicleta do alto de um morro, desceu pedalando em máxima velocidade, subiu na rampa, saltou e elevou-se nos ares com a bicicleta e, enquanto caia, saltou da bicicleta num mergulho espetacular dentro do tanque sumindo nas águas e logo voltando à tona. Depois mergulhou para buscar a magrela no fundo do lago. Foi um show de circo à plateia que sempre o acompanhava nas suas “loucuras”. Ele tinha mais expectadores do que o circo do Tareco.
Se perguntarem a ele: -“Você não tem medo?”
A resposta seria: -“ Se eu tivesse medo eu não seria livre e nem poderia usufruir da sensação de superação e poder!”
Exatamente: o medo é uma cadeia que cada um constrói para si mesmo!
Interessante: quando pequeno, tinha medo de entrar no rio, enquanto seus irmãos nadavam prazerosamente. Até que um dia, eu (Celso) peguei-o de surpresa e o joguei no rio do alto de um barranco. Mariana registrou tudo em vídeo com uma filmadora. Ele afundou, mas já em seguida, emergiu nadando tipo cachorrinho e chorando copiosamente, e veio para a margem ainda tremendo de medo. Aquela experiência foi um santo remédio. Dali em diante passou a ser um dos mais assíduos frequentadores dos rios e dos lagos. Mergulhava feito peixe!
Obviamente, se ele não correspondesse às minhas expectativas, eu estava preparado para salvá-lo de um possível afogamento!
Possui uma visão e percepção aguçada de direção, perigos e elementos estranhos ao ambiente. Podemos citar, como exemplo, a visão de uma jararaca à beira do caminho por onde as crianças passariam.
Foi assim:
Quando eu (professor Celso) levava as crianças da escola – umas quarenta – a passear na Ilha de São Francisco do Sul, subíamos em alguma montanha até o topo para, lá de cima, divisar a ilha toda, e isso maravilhava a garotada.
VISÃO AGUÇADA.
Comigo ia uma equipe bem preparada na ajuda para atravessar asfalto, acudir alguém com mal-estar, manter ordem na sequência das ações, agir de modo seguro nas ondas do mar, fazer respeitar pessoas e lugares, coletar lixo produzido pela turma, na ocupação do terreno desconhecido evitando buracos, galhos pontudos e outras coisas que oferecem algum perigo, respeitar companheiros de viagem e, para a garantia de percepção de animais peçonhentos nas trilhas pelas quais passaríamos Jean ia na frente porque ele tem um “olho clínico mateiro” minucioso.
JARARACA ENRODILHADA.
Ele sempre ia na frente da turma. Foi numa descida de um desses morros que ele gritou a 50 metros à nossa frente: “Pai, venha até aqui porque tem uma jararaca”. Desci rápido, na frente de todos, vi a peçonhenta bem à beira do caminho, enrodilhada bem camuflada no mato, mas calma, não em posição de ataque, analisei a situação do bicho e do caminho por qual as crianças passariam, tal qual fui treinado no Instituto Butantan e vi que ela não estava agitada. Então, dei a ordem que viessem um por um, que passassem bem devagar enquanto eu daria explicações sobre o bicho, sua natureza, seus hábitos, etc. As crianças paravam em frente à fera por alguns instantes suficientes para vê-la imóvel o tempo todo e seguiam maravilhadas com a experiência.
Não fosse à aguçada percepção de Jean, alguém poderia ter pisado na cobra e a história seria outra.
PERÇEPÇÃO DE DIREÇÃO.
Em duas outras oportunidades, Jean mostrou habilidade incrível para reconhecer a direção certa para sair do mato e salvar pessoas perdidas.
A primeira aventura, foi em Balneário Camboriú, numa floresta em alta montanha.
Propus à minha família, escalarmos uma montanha coberta de vegetação cerrada e, lá em cima, fincarmos uma bandeira, bem no topo, que seria vista de longe por todos os arredores.
Não deu outra! Lá foi toda a tropa – pai, mãe e quatro filhos – suando com mochilas de comida e bebida nas costas, sempre caminhando para cima, sem nenhuma trilha de orientação, agarrando num cepo, num cipó, numa raiz ou num galho de árvore para elevar-se mais acima.
Mais ou menos às duas horas da tarde, alcançamos o topo, com poucas perdidas no mato. A paisagem vista lá de cima era linda: a visão do oceano à esquerda até confundir-se com o céu, a cidade de Balneário Camboriú esparramada de um lado e a cidade de Camboriú no outro proporcionavam uma visão fantástica! As montanhas a perder de vista em direção à Florianópolis e os veículos que pareciam formiguinhas rodando na BR101 fizeram valer o esforço. Fincamos a “bandeira” (pedaço de pano espetado num galho de árvore), descansamos (é importante descansar antes de qualquer refeição quando o corpo está sob efeito de grandes esforços para evitar convulsões e congestões), depois comemos e bebemos feito condenados. Permanecemos no alto do morro durante uma hora.
Já bem descansados, iniciamos a descida. Não deu duzentos metros abaixo do topo, ninguém mais sabia para onde estávamos indo. A mata fechada não oferecia nenhuma brecha para nos orientarmos se era para a direita ou para a esquerda.
O tempo foi passando, já era quatro horas da tarde e não tínhamos certeza para que lado do morro estávamos indo. Era Janeiro, o dia clareava até pouco mais das oito horas da noite, mas o tempo ia encurtando e se pegássemos direção errada poderíamos facilmente nos perder no meio da mata. A ideia da família inteira perdida no mato à noite, confesso, um pequeno pavor me acompanhava.
De repente, Jean disse: “Esperem aqui”! Saiu correndo morro abaixo, não deu nem tempo de contrariá-lo! Dava para escutar ele quebrando mato pelo caminho.
JEAN DESCOBRIU TEIA DE ARANHA.
Aqui, quase imperceptível ao olho comum, uma teia de aranha camuflada no mato.
Depois de uns vinte minutos, ouvimos seus gritos ao longe: “Venham na direção da minha voz, achei o caminhooo!” E a direção era contrária de para onde estávamos indo.
De vez em quando ele gritava para nos orientar. Era aquele bando de Carvalhos correndo morro abaixo. Ao chegar lá ele mostrou uma teia de aranha que havia visto enquanto subíamos.
-Mas, bah, tchê! Vá cachimbar formiga prá lá de Cacha pregos! Como é que pode? O sujeito põe qualquer índio no chinelo no meio do mato!
Ele foi na frente guiando o bando e descemos atrás dele. O danado descia tão rápido como se fosse o caminho da escola para casa e nas últimas claridades do dia estávamos no lugar de onde partimos, nos pés da montanha. Moídos de cansaço!
Putz grila! Essa foi por pouco!
Só não dei “cenzão” para ele como agradecimento pelos serviços prestados porque não tinha essa quantia no momento!
Naquela noite o sono não foi normal, todo mundo desmaiou na cama! Ninguém acordou no outro dia antes das 10 horas da manhã.
Olhamos para o alto da montanha, estava lá nossa bandeira branca balançando ao vento!
Que aventura! Que vitória! Que sensação de poder e liberdade!
A segunda aventura foi quando alguns colonos de Colônia Olsen e Rio Casa de Pedra resolveram aventurar-se no meio da mata a partir de Colônia Olsen em direção às Cachoeiras do Rio Novo, município de Corupá.
E foram! Jean foi junto. Entraram no mato caminhando rumo à Leste, tagarelando e fazendo planos.
No final do primeiro dia se perderam completamente. Lá no meio do mato, já entre as montanhas, nem o celular funcionava. Foi um caos total. Um dos aventureiros, sofria do coração e deveria tomar os remédios costumeiros, mas adivinhem: esqueceu os remédios em casa! Aí a “cobra começou a fumar!”
PERDIDOS NA FLORESTA.
Jean caminhava quieto observando, sem interferir nos lamentos dos caminhantes. Um mocinho mais jovem chorava copiosamente garantindo que iria morrer naquele mato. À noite um pavor maior tomou conta do grupo: “e se alguém morresse ali na selva, o que fariam?”
Pior: caiu uma copiosa chuva encharcando a todos. Jean teve que interferir garantindo que já no outro dia pela manhã, acharia o caminho certo.
Pode-se imaginar que naquela noite ninguém pregou o olho! Cada um defendeu-se como pode.
TENTANDO ORIENTAR-SE NO MATO.
A salvação dos seus amigos dependia dele, já que nenhum deles sabia proceder em mato fechado.
Amanheceu, e Jean largou-se floresta adentro. Caminhou na selva marcando detalhes para não andar em círculo e, em mais de três horas caminhando e correndo, às dez horas da manhã, chegou à BR280, na altura de Rio Mandioca, ainda na serra de Corupá. Ali, encontrou sinal no celular e telefonou para um amigo seu em Colônia Olsen para vir buscá-los naquele ponto da estrada, orientando-o que, se ainda o grupo não estivesse ali, que esperasse até a chegada do pessoal perdido.
Então, voltou, orientando-se por detalhes na mata, até chegar onde estavam os amigos.
Todos o seguiram já aliviados do pavor experimentado, mas ainda tensos: “Será que Jean está no caminho certo?”
Depois de algumas horas caminhando, às quatro horas da tarde todos estavam instalados na carroceira de uma caminhoneta que os esperava. Voltando para casa, moídos de cansaço, enlameados até o pescoço, mas felizes e aliviados, alguém lembrou:
– Ei! Péra aí! E as cachoeiras?
– As cachoeiras? Elas que se lasquem!
O que teria acontecido sem a intervenção do “índio” Jean?
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO.
Entre cavalos, galinhas, gatos, também os cachorros merecem atenção especial. Veja a mordomia dos “sem-vergonhas” com uma cama só para eles. E os gatos também entram nessa: aqui um bichano fazendo uso do aconchego de uma cama quentinha.
GATO NA MORDOMIA.
E tem gente que maltrata estes bichinhos! Dá para entender? Sei lá!
JEAN NO SEPO.
Jean não sossega o facho, está sempre inventando alguma coisa!
OS TRÊS MOTOQUEIROS MAIS DOIDOS DA PARÓQUIA.
Para contar o que estes três malucos já aprontaram com suas motos, seria preciso escrever um livro. Só estão vivos porque seus anjos da guarda gostam muito deles! E, se contarmos o que eles já aprontaram, é o leitor que não sai vivo da leitura.
JEAN E LUCIANE TRABALHANDO NAS ESTRUTURAS DE FERRO DA TORRE DO CRISTO.
Como bom soldador, contratei-o para elaborar a estrutura da torre do Cristo e a iluminação dos anjos em nossa casa em Rio Negrinho.
Foi ele quem iluminou o Cristo. Articulou e soldou a ferragem da torre do Cristo da nossa casa.
Trabalhou com afinco e dedicação.
LÁ NO ALTO SOLDANDO E MONTANDO A ESTRUTURA DA TORRE.
TRABALHO PERFEITO E SEGURO.
O Cristo troca 20 cores em dois minutos que podem ser observado à noite.
Ele sabia que muita gente subiria até lá em cima para ver o Cristo de perto e apreciar a paisagem da cidade de Rio Negrinho ao redor. Então, caprichou na segurança da estrutura.
Se seu computador conseguir abrir o clip a seguir, verá em vídeo, uma das pequenas peripécias de Jean.
Tudo o que descrevemos é apenas uma pequena parcela do que foi e é a vida de Jean, nosso querido homenageado. A história dele mostra que todas as frutas caíram próximo à árvore!
Essas foram apenas algumas das aventuras dele.
Toda a sua família deseja-lhe muita saúde e longa vida de amor e felicidade!
PARABÉNS!
PREÇO: R$ 30.00
PREÇO: R$ 30.00