Liberdade Notícias 02/08/23
Valmir Forteski entrevista administradores responsáveis pela Vigilância Sanitária
Por Jornal Liberdade 19 min de leitura
Apresentação: Valmir Forteski
São Bento do Sul
No dia 02/08 o jornalista e locutor Valmir Forteski entrevistou os fiscais Marco Olinisky – médico veterinário e coordenador da vigilância sanitária, também a Sra. Silvana Bauer diretora do centro de vigilância em saúde, ambos são fiscais do órgão citado. Começando, os convidados explanaram sobre suas formações acadêmicas e as atividades gerais que desempenham na vigilância sanitária. Silvana Bauer como já citado na reportagem, é fiscal, tem formação na área de educação, e acabou tendo a oportunidade de trabalhar na área de saúde na parte de vigilância sanitária e hoje é responsável pela administração do CVS, Centro de Vigilância e Saúde.
Já o Sr. Marco Olinisky, além de médico veterinário e coordenador da vigilância sanitária, já trabalha na prefeitura a 22 anos, passando por vários setores e hoje já está a 17 anos nesta área, ambos são concursados. O senhor Marcos explicou que a prefeitura também possui outros médicos veterinários que trabalham focados em outras áreas.
A Sra. Silvana iniciou falando sobre a polemica do funcionário que trabalha como agente de endemias e se locomove com moto, onde o mesmo teria sofrido um acidente de trânsito mas foi prontamente atendido e passa bem. Aproveitou para elogiar a sua equipe que é muito capacitada e comprometida, onde realizam várias atividades como a de combate à dengue, com investigações para encontro das larvas e após isso todo procedimento padrão para combate do mosquito. Enfatizou a importância da participação da população para que esse combate, no sentido de não deixar água parada em nenhum local, por mais insignificante que pareça ser tais locais, pois a dengue se prolifera em água parada e limpa.
O Sr. Marco explanou sobre o tamanho da equipe do órgão, onde existem fiscais, enfermeira, farmacêutica, nutricionista etc., e todos eles são formados e capacitados para exercer suas funções, nas duas grandes áreas que o setor é dividido, sendo eles saúde e alimentos. Também explicou sobre a parte de fiscalização dos alimentos, e que atuam na questão de orientação, onde, quando a pessoa está pensando em atuar na área de alimentação e ou saúde, orienta-se que antes procure a vigilância para que a mesma seja apoiada e possa desempenhar a atividade, obedecendo todas as normas sanitárias. Falou que o hoje, este processo pode ser feito todo via eletrônico e inclusive o próprio contador da empresa pode fazê-lo. Comentou sobre a questão das denúncias, que, desde que seja feita de maneira séria, ela é considerada uma parceria com órgão, para que as fiscalizações sejam eficientes, já que quase um terço das denúncias hoje são improcedentes. Deixou registrado que as denúncias devem ser feitas de maneira correta, que podem ser inclusive anônimas e diretamente na ouvidoria municipal ou pelo número 156 onde a mesma será recebida e encaminhada ao setor pertinente. O fiscal Marco foi questionado de como é hoje a fiscalização em relação a saúde do trabalhador e colocou que a mesma é feita de maneira aleatória e por denúncia, geralmente encaminhada pelo Ministério público do Trabalho ao órgão. A Sra. Silvana Bauer esclareceu sobre a lei de troca do produto vencido, que o cliente pode fazer no ato da compra a troca com o dono do estabelecimento. Quando a vigilância sanitária realiza a fiscalização e encontra produtos vencidos, os mesmos são apreendidos e inutilizados e abertos os devidos processos administrativos. Caso o dono do estabelecimento não queria trocar o produto no ato, o consumidor pode entrar em contato com a vigilância sanitária ou também com o PROCON da cidade, para que seja dado sequencia nos devidos procedimentos legais.
Os fiscais foram questionados sobre os produtos que são comprados por exemplo em bandejas, alguns estabelecimentos acabam lavando o produto recolocam nas bandejas, produtos já sem condições de uso ou estragados. A primeira orientação é que o consumidor troque o produto e faça a denúncia, sempre descrevendo com a máximo de detalhes possíveis, o que acabou adquirindo e o estabelecimento responsável, para que o órgão possa focar naquilo que é realmente o problema. Também falou sobre os produtos perecíveis (resfriados e congelados), que o consumidor fique atendo de como estão os equipamentos de frios dos mercados, principalmente nos dias de calor, onde os expositores por exemplo, se estiver em mal funcionamento, acabam deteriorando os produtos.
Marco explicou dentre os vários assuntos discutidos, a questão das carnes temperadas ou embutidos, onde o Ministério Público começou um trabalho muito forte, e considerava que um açougue por exemplo, não poderia temperar a carne pois poderia estar modificando produtos vencidos para assim disfarça-los e poder vende-los. A partir disso foi colocado como solução que os estabelecimentos criassem um entreposto de carnes e esses mesmos locais deveriam ser fiscalizados.
Os convidados também responderam várias perguntas dos ouvintes sobre vários assuntos sanando as dúvidas de todos. Finalizando, agradeceram a oportunidade e deixaram claro que estão à disposição de toda a população para apoiar a todos, em tudo que se refere a vigilância sanitária em nosso município.
Por: Gilmar dos Passos.