É sabido já a um bom tempo que o presidente Luís Ignácio Lula da Silva é um aliado de primeira hora de Nícolas Maduro, o defende, assim como ocorreu no passado em relação a o outro ditador Venezuelano, Hugo Chavez. É importante ressaltar que mesmo dentro do espectro político de Lula e Maduro, o presidente do Chile, Gabriel Boric, condena de forma veemente as ações do presidente venezuelano.
O agravante dessa situação, o que tem exposto o Brasil a uma posição vergonhosamente imparcial em relação as eleições presidenciais na Venezuela e a sua provável fraude, é a conivência com o comportamento antidemocrático pela falta de combatividade a este tipo de regime.
Segundo reportagem do importante Portal 360, após análise da MOE (Missão de Observação Eleitoral) da Colômbia, organização que representa a sociedade civil, analisou 21.952 registros de atas e constatou que o candidato da oposição Edmundo Gonzáles Urrutia (Plataforma Unitária Democrática – centro direita) venceu as eleições com 67, 2% dos votos contra 30,4 de Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela – esquerda).
O esperado deste cenário, inclusive do presidente Lula, aliados, defensores e seu partido, era uma posição equivalente ao mandatário chileno. Na prática, o que se constatou? Lula tentando auxiliar Maduro, dando declarações de legitimidade no pleito e depois, após uma chamada com o presidente americano Joe Biden, cobrou as atas referidas acima no texto.
A conclusão que se chega, tanto pelo histórico da relação de Lula e o PT com o regime da Venezuela, é uma grande incoerência, pois se autoproclamam defensores da democracia e ao mesmo tempo defenderem uma ditadura sanguinária e genocida como a da Venezuela.
O PT emitiu nota após a fraude eleitoral, tentando legitimar a farsa de Maduro. É preciso prestar atenção, muitas vezes aqui no Brasil os aliados de Lula mencionam termos como extrema-direita para desqualificar qualquer adversário, mesmo sendo sociais-democratas ou liberais. A gene do totalitarismo precisa ser banida da América-Latina e do mundo, seja de esquerda ou direita, pois é preciso que a liberdade e a democracia sejam preservadas visando o desenvolvimento social dos países.
*Prof. Leonardo Furtado – Doutor em Desenvolvimento Regional.