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MULHER DE BRANCO (IV)

O Mundo das Sombras é logo ali. Venha sentir o vento gelado da morte! RESUMO DOS CAPÍTULOS I, II e III Léo e Argel eram dois irmãos “baileiros” e farristas de carteira assinada. MOÇA PEDINDO CARONA. Numa noite de sábado, indo para um baile, Léo dirigia seu calhambeque numa estradinha de terra, quando foi parado […]

Por Celso e Mariana 36 min de leitura

VENHA, O ALÉM É ALI PERTINHO!

O Mundo das Sombras é logo ali. Venha sentir o vento gelado da morte!

RESUMO DOS CAPÍTULOS I, II e III

Léo e Argel eram dois irmãos “baileiros” e farristas de carteira assinada.

MOÇA PEDINDO CARONA.

Numa noite de sábado, indo para um baile, Léo dirigia seu calhambeque numa estradinha de terra, quando foi parado por uma jovem mulher de branco que pediu carona para o baile e que se identificou como Mariazinha das Sombras.

Léo e a moça fizeram amizade e dançaram a noite toda. Leo a levou de volta, mas ela esqueceu seu casaco no banco traseiro do automóvel.

Em casa, Léo revirou os bolsos do casaco e descobriu uma fotografia dela e em outro bolso uma fotografia dele.

A VELHINHA DA FLORESTA

Léo, assustado, tomou a decisão de voltar pela estradinha e achar a casa de Mariazinha. Porém, só encontrou a casa de uma velhinha que disse ser mãe da Mariazinha – a mulher de branco – e que fazia cinquenta anos que não conversava, não via e nem mais convivia com a filha.

Léo, incrédulo e desconfiado, insistiu até que a velhota lhe indicou um outro carreiro no mato e disse-lhe:

– “A casa de Mariazinha é logo ali, a cinquenta metros, mas você não vai gostar nada, nada da casa dela!”

PANORAMA MACABRO

Léo sentiu-se mal ao entrar no carreiro, os irmãos vislumbraram uma cena aterradora. Apavorados, voltaram para a vila afim de procurar um hospital porque Léo estava demais assustado e estressado.

Leo, depois de medicado, voltou para casa, mas não conseguia dormir, abalado por tanta coisa estranha por quais passara. A cada minuto sua inexplicável angústia aumentava.

PARTE IV

 Já era noite, a lua brilhava no céu. Léo não se conteve, chamou Argel e disse-lhe:

– Argel, não suporto mais esse mal-estar, assim não vou sobreviver até amanhã. Vou voltar lá e descobrir de vez este mistério, se você, não vir comigo, eu vou sozinho!

– Nada disso! Você não vai sozinho, eu vou com você, caso precise de ajuda eu estarei junto!

E foram! Entraram no carreiro entre os pinheiros. Novamente, como na vez anterior, o carango enguiçou de modo estranho, então, não teve jeito: com lanterna iluminando se dirigiram para o outro carreiro indicado pela velhinha.

AS FOTOS NA TUMBA

O SUSTO FOI GRANDE

 Logo os irmãos se viram dentro de um cemitério abandonado no meio do mato de causar arrepios e um túmulo se destacava entre os demais.  Se aproximaram, viram na lápide a fotografia de Mariazinha exatamente igual à que estava no bolso do casaco e, ao lado da fotografia dela, também na lápide, a fotografia de Léo, com a mesma aparência que tinha naquele momento (25 anos), mas as fotografias na lápide eram datadas de 50 anos atrás.

Mas, como poderia estar ele agora com a mesma idade de cinquenta anos atrás?

Será que aquele rapaz da fotografia era ele mesmo? Nada fazia sentido! Ser fotografado em um passado distante e não ter envelhecido até o presente!

Uma suave brisa gelada roçava o rosto dos confusos irmãos. Quando Léo viu tudo aquilo, iluminado pela lua cheia, suas pernas amoleceram e desabou no chão frio coberto de capim.

O FANTASMA DO CEMITÉRIO

Argel reanimou-o e, quando levantaram a cabeça, os irmãos viram Maria meio transparentes surgir do túmulo, vestida de branco, quase transparente, e um profundo gemido, uma voz sofrida ecoou dentro da cova:

“Léo, meu amor, você será só meu por toda eternidade”!

Aquilo foi demais! Léo balançou e tombou sem vida aos pés da sepultura da sua amada.

Argel, sem saber o que fazer, disparou numa corrida insana e desesperada, entrou no automóvel, que mais uma vez funcionou de imediato e, em poucos minutos alcançou a vila em busca de socorro. Quase sem fôlego e meio fora de si, na delegacia relatou o acontecido.

Imediatamente, subiram o morro um médico chamado às pressas, alguns policiais e uma porção de curiosos. Ao chegarem no cemitério encontraram Léo já sem vida, envolto por uma misteriosa neblina como se estivesse protegendo seu corpo.

 O CORPO ENVOLTO EM UMA NEBLINA

 Aos pés do túmulo, jazia Léo, com um sorriso nos lábios e um semblante alegre e maravilhado como se tivesse encontrado a felicidade que tanto sonhara, e que nunca encontra antes! Impressionado, Argel chorou aos soluços!

 Todos entenderam porque Argel chorava tanto, seria pelo amor que sentia pelo irmão, companheiro inseparável a quem muito amava!

No momento que tocaram no seu corpo, como por encanto, a neblina sumiu para dentro do túmulo, causando grande espanto em todos que assistiam a cena iluminada pela lua cheia.

Argel, que conhecia bem seu irmão, teve certeza que o vazio que sempre o acompanhara, agora estava preenchido por uma enorme felicidade!

Argel, ajoelhou-se, inclinou sua cabeça junto ao peito do seu irmão e sentiu vivamente uma forte sensação, um clarão na mente, como se fosse uma visão, onde viu Léo navegando num mundo esplendoroso acompanhado de uma moça vestida de branco e, juntos, sumindo dentro de uma forte luz que os absorveu por completo para dentro do céu estrelado!

VISÃO DE ARGEL

De repente, Argel parou abruptamente de chorar, levantou-se com o rosto transformado num semblante de grande felicidade e de alívio e um sorriso maravilhado igualzinho ao do irmão caído nos pés do túmulo.

Aí, ninguém entendeu mais nada!

Léo foi sepultado na mesma cova com Mariazinha num enterro simples, tenso e enigmático.

Um fato intrigante: para colher depoimento, procuraram a velhinha por todos os cantos daquela floresta e nunca a encontraram e nem a casa. Mais tarde souberam que Dona Filomena, a mãe de Mariazinha, havia falecido de profundo desgosto logo após a morte da sua filha e a casa fora desmanchada, fatos que a própria comunidade havia esquecido!

A partir daquele fatídico dia, Argel nunca mais frequentou nenhum baile e nenhuma farra. Converteu-se totalmente e tornou-se padre.

 A primeira missa, ele fez questão de rezar naquele cemitério em um altar erguido provisoriamente ao lado do túmulo do casal apaixonado.

 Durante o sermão, quando o padre Argel olhou para as fotografias do casal na lápide do túmulo, lembrou que a fotografia de Léo estava ali a 50 anos, esperando por seu dono e lembrou, também, da voz ressoada dentro do túmulo: “Léo, meu amor, você será só meu por toda a eternidade”!

Enquanto um frio além-sepulcral e inexplicável percorria-lhe o corpo de ponta a ponta, concentrou-se com maior intensidade no oferecimento daquela missa em graças e memória daquelas duas almas para que realmente fossem felizes por toda a eternidade!

VISÃO COLETIVA

Isso não é tudo! A ocorrência mais incrível, fantástica e extraordinária aconteceu diante dos olhos da multidão de gente que assistia à missa do Padre Argel:

Ao final do último Sinal da Cruz, de dentro do túmulo surgiu uma legião de anjos cantando dentro de um clarão de luz, igual à visão de Argel debruçado sobre o irmão na noite da sua morte.

 Todos ficaram pasmos, maravilhados e estáticos com a visão e o canto celestial daqueles seres luminosos que carregavam Argel e Mariazinha no centro do clarão levando-os para o alto, subindo, subindo até desaparecer de encontro à ofuscante luz do Sol.

Só depois de uns vinte minutos Padre Argel conseguiu balbuciar algumas palavras quebrando o absoluto silêncio daquela multidão ainda pasma que permanecia ajoelhada tentando interiorizar em oração o fenômeno transcendental que havia presenciado.

Todos exigiram que Padre Argel rezasse mais uma missa, ali mesmo no cemitério, em gratidão e louvor ao Senhor que havia lhes proporcionado aquela admirável e prodigiosa visão celestial.

À noite, Padre Argel rezou mais uma missa numa igreja da cidade vizinha e todos, em peso, estavam lá!

Tem mais: outra ocorrência fora do entendimento da mente humana foi quando o padre Argel com alguns amigos, depois de um mês, voltou ao local do cemitério para limpar o lugar e depositar flores no túmulo e não mais o encontrou. Tudo sumira, no lugar havia apenas mato e um suave perfume de flores. Absolutamente nenhum vestígio de que ali, algum dia, houvera um túmulo.

O CEMITÉRIO SUMIU – REFLEXO DAS ALIANÇAS


Um pequeno brilho no capim chamou a atenção do Padre Argel

Porém, em dado momento, enquanto Padre Argel tentava entender a inusitada situação, percebeu um pequeno reflexo no meio do capim. Agachou-se e, com enorme espanto, viu duas alianças entrelaçadas, uma dentro da outra. Juntou-as e pôde ler dentro de uma a gravação: Maria e, na outra: Léo.

Alí, o padre definitivamente entendeu que aquele casal não mais pertencia a este mundo, mas, sim a outro iluminado por infinita felicidade!

Padre Argel, durante toda a sua vida religiosa, sempre oficiou o santo sacrifício de todas as suas missas com as alianças sobre o altar e seu último pedido, já velhinho, antes de morrer foi que as alianças deveriam voltar ao mesmo lugar onde outrora houvera o túmulo de Léo e Mariazinha.

Então, amigo(a)! Se você leu e absorveu em detalhes o conteúdo dessa história aterrorizante e comovente:

  • Ainda tem coragem de dar carona a uma moça de branco que lhe acena numa estrada deserta na escuridão da noite?
  • O quê mais lhe chamou a atenção no desenrolar da história?
  • Quantas perguntas estão engasgadas na sua garganta?
  • Já tinha ouvido história semelhante?
  • Os antigos juram que essa história poderia ser verdade. E você, o que acha?
  • Como um homem pode ter aparecido na mesma história cinquenta anos depois sem ter envelhecido?
  • Faça, aí, suas perguntas e tente responde-las!
  • E, qual ou quais lições podem ser aproveitadas dessa história?
  • Envie-nos seus pareceres!

Obrigado! Abraços de Celso e de Mariana!

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