Os Bastidores da Prisão de Jair Bolsonaro: Revelações de Mauro Cid
Nacional
Por Gilmar dos Passos 9 min de leitura
Nesta semana, segundo vários veículos de imprensa, novos desdobramentos vieram à tona sobre a possível prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. As recentes revelações feitas por Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, expõem um esquema que envolvia desde o uso indevido de dinheiro público até tentativas de comercialização de presentes de alto valor recebidos durante seu governo.
Uso de dinheiro público para motociatas
Uma das primeiras informações que vieram à público é que as motociatas promovidas por Bolsonaro em diversas regiões do Brasil foram financiadas com recursos do cartão corporativo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O dinheiro dos cidadãos brasileiros foi utilizado para a compra de motocicletas e para custear toda a segurança desses eventos, que não tinham caráter governamental, mas sim político.
Venda de joias para quitar dívidas pessoais
Outra revelação impactante de Mauro Cid foi a intenção de Bolsonaro de vender joias pertencentes ao Estado brasileiro para pagar suas multas por andar sem capacete e a indenização devida à deputada Maria do Rosário. A indenização foi determinada pela Justiça devido às declarações ofensivas feitas por Bolsonaro contra a parlamentar.
Apropriação de presentes de alto valor
De acordo com Cid, Bolsonaro também teria orientado a seleção de presentes de alto valor recebidos durante sua gestão para verificar quais poderiam ser comercializados. Essa prática fere diretamente as normas que regem a administração de bens recebidos por chefes de Estado em função do cargo.
Monitoramento de Alexandre de Moraes
Outra acusação grave é que Bolsonaro teria ordenado o monitoramento dos passos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Tal atitude levanta questionamentos sobre possíveis tentativas de intimidação ou retaliação contra o magistrado.
O papel do gabinete do ódio
Por fim, o depoimento de Cid reafirma que o chamado “gabinete do ódio” era coordenado por Carlos Bolsonaro e contava com um grupo reduzido de operadores responsáveis por disseminar fake news. Muitas dessas informações falsas eram propagadas diretamente do celular de Jair Bolsonaro, influenciando a opinião pública e manipulando o debate político.
As investigações sobre outros possíveis crimes do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro continuam e o país aguarda os próximos desdobramentos desses casos, que promete revelar ainda mais detalhes sobre a atuação do ex-presidente e de seu grupo político.