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Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

Nacional

Por Gilmar dos Passos 11 min de leitura

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país. Conforme a pesquisa publicada neste ano de 2023, notou-se que a capital com segundo maior custo na cesta básica foi justamente Florianópolis, chegando ao valor de  R$ 747,59, perdendo apenas para a capital de São Paulo onde o valor é de 749,28.

O estudo também compara o valor da cesta básica contra o valor do salário mínimo atual, ou seja, o tempo médio trabalhado necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 107 horas e 17 minutos, em outubro, para 107 horas e 29 minutos, em novembro. Em novembro de 2022, a jornada média foi de 121 horas e 02 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em novembro de 2023, 52,82% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em outubro, 52,72%. Em novembro de 2022, o percentual ficou em 59,47%.

Mesmo com o governo federal divulgando números onde mostram deflação, a pesquisa mostra aumento no valor dos alimentos, pode-se concluir que a lucratividade tem aumentando para alguns setores da economia envolvidos neste processo, pois vários alimentos da cesta básica tiveram aumento, como por exemplo, a carne de primeira qualidade, o arroz, a batata, etc. Em contrapartida, a pesquisa também mostra uma diminuição de outros alimentos em algumas capitais, citando com exemplo, o tomate, café em pó e o leite integral. Também na pesquisa cita-se as condições climáticas que afetaram a produção agrícola este ano em várias regiões do país, o bom ritmo das exportações e o período de entressafra
contribuíram para o cenário de alta nos preços.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em novembro de 2023, 61,37% da renda para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em outubro, o percentual gasto foi de 60,45%. Já em novembro de 2022, o trabalhador comprometia 69,81% da renda líquida. Na pesquisa apresenta-se em tabela, o quanto deveria ser o salário mínimo necessário para cada trabalhador se manter, no caso de novembro de 2023, ficou em R$ 6.294,71.

Fonte:

https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/analiseCestaBasica202311.html