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Procuradoria da Mulher completa um ano de atividades

Projeto levou informação para mais de um mil alunos

Por Jornal Liberdade 17 min de leitura

Evento realizando nesta quinta feira no plenario da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul foi realizado para avaliar os trabalhos da Procuradoria da Mulher no ano de 2022. Um público de qualidade prestigiou o evento.

Carla Hofmann fala sobre a violência política
Ela destacou que as mulheres apesar de terem conquistado espaço nos últimos anos ainda não são bem vistas na politica e alguns setores da comunidade. Carla observou que a Câmara de Vereadores não foi e não é planejado para a participação de mulheres na vida política e, lembrou que há pouco tempo foram feitas mudanças na estrutura para garantir a participação das mulheres na vida pública.

Lembrou os termos pejorativos que são usadas em seu desfavor, e com toda essa violência política ainda vale apena lutar e enfrentar os desafios, destacou a responsabilidade que vem de casa por parte das mães na educação do filho para que se torne menos machista

Vereadora Zuleica destaca cinco pontos
A vereadora Zuleica destacou a atuação da procuradoria nas escolas, orientando, falou das 5 violências
Violência física: Empurrar, sacudir, chutar, apertar, queimar, cortar e torturar
Violência psicológica: Ameças, amendrontar
Controlar o que a mulher faz: Vigiar as mídias sociais, celular, PCs,
Isolar de amigos e familiares: Impedir que trabalhe estude saia de casa
Fazer com que acredite que está louca
Zuleica falou da orientação para as meninas continuarem a estudar trabalhar

Para a vereadora a violência vem de todos os homens da família, pai, irmão, tios, primos por falta de conhecimento e destacou a Violência Moral : Xingar diante dos amigos, Acusar de algo que não fez
Falar inverdade, difamação da mulher e Violência Patrimonial
Destacou a importância da prevenção para evitar o feminicidio, atrás da denuncia e que através da conversa pode menimizar a violência. “O Respeito mútuo é o melhor caminho”, revela

Terezinha fala dos resultados

A vereadora Terezinha Dybas falou dos números e resultados do trabalho da procuradoria
Foram atendidos 1046 alunos nas escolas orientando sobre os direitos das mulheres. “Acho que evoluimos muito nesse periodo de crianção da Procuradoria da Mulher temos certeza que podemos avançar mais”, explicou

O Projeto de Resolução 001/2021, de autoria da vereadora Carla Hofmann, o qual deve criar a Procuradoria da Mulher no âmbito da Câmara de Vereadores do Município de São Bento do Sul.


Segundo o Projeto, após a sua tramitação e aprovação, será instituída no Legislativo são-bentense a Procuradoria da Mulher, cujo objetivo é proteger os direitos das mulheres são-bentenses, principalmente contra a violência e a discriminação, cooperando com organismos Estaduais e Federais na promoção dos direitos da mulher, e promovendo um espaço de discussão de políticas mais igualitárias e justas, sendo que a Procuradoria da Mulher não terá vinculação com nenhum outro órgão do Legislativo, sendo órgão independente, que contará com o suporte técnico de toda a estrutura da Câmara de Vereadores.


A procuradoria da Mulher é composta por uma procuradora, designada pelo presidente do Legislativo Municipal, com mandato igual ao da mesa diretora da Câmara de Vereadores, ou seja, dois anos.


Segundo o Projeto, a Procuradoria da Mulher é detentora de poderes para acionar, na defesa dos interesses da Mulher, o Poder Executivo Municipal e demais órgão integrantes, bem como as Delegacias de Polícia voltadas ao atendimento da Mulher.

A autora do Projeto, vereadora Carla Hofmann, destacou que a procuradoria da mulher insere-se como mais uma das várias ações que visam extinguir com o preconceito, a discriminação e todo e qualquer tipo de violência em que as mulheres são submetidas. “Dessa forma a procuradoria atuaria, primordialmente, no combate à violência e a discriminação contra as mulheres, trazendo o debate de gênero, através de palestras, seminários entre outros, para o parlamento, como também recebendo e encaminhando aos órgãos competentes as denúncias e os anseios da população”, avaliou Carla.

A vereadora frisou ainda o fato de que o cenário político nacional ainda é predominantemente masculino, portanto, com a criação dessa procuradoria busca-se também garantir uma maior representatividade, visibilidade e destaque para as mulheres na política. Ainda, segundo a autora, a implantação da Procuradoria da Mulher já está acontecendo em diversos municípios de Santa Catarina, entre eles estão a cidade de Penha e São José, “mas o pioneiro e com maior destaque é a Procuradoria da Mulher da Câmara de Deputados, instituída no ano 2009, que nos demonstra a importância desse órgão”, finalizou a vereadora.