Reformado o expositório da carroça fúnebre
Foi entregue nesta terça-feira (20) a obra de reforma do expositório da histórica carroça fúnebre que fica localizada no Cemitério Municipal.
Por Cauan 8 min de leitura
O local foi totalmente refeito, com portas e janelas de vidro, paredes revestidas e pintadas, telhado novo e iluminação. O investimento nesta obra, executada pela empreiteira Leão, foi de cerca de R$ 34.500, oriundos da Prefeitura Municipal, a partir da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos.
A carroça fúnebre foi fabricada em 1934, por Frederico Fendrich, com a finalidade de ser utilizada nos cortejos da época. A diretora-presidente da Fundação Cultural, Bárbara Silva, explica que os falecidos eram levados aos cemitérios neste tipo de transporte, tradicionalmente acompanhados por familiares e amigos. “Temos registros de muitas décadas desta carroça sendo utilizada e é um pedaço da nossa tradição que está sendo preservado”, conta.
O secretário de Obras e Serviços Urbanos, Luiz Neri Pereira (Magrão), relatou a importância deste gesto de zelo com as raízes da cidade. “Este expositório, agora bem cuidado, está ali para que esta e as futuras gerações tenham contato com a história que São Bento do Sul viveu até chegarmos aqui. É importante o Poder Público ter esta visão de respeito com a identidade de seu povo”, enalteceu Magrão.
O prefeito Antonio Tomazini visitou o local e lembrou que em 2023 a carroça fúnebre foi utilizada, após cerca de 30 anos, para que os restos mortais do Padre Fidélis fossem transportados até a Igreja Puríssimo Coração de Maria. “Assim como o saudoso Padre Fidélis, diversas outras personalidades de São Bento do Sul foram levadas e homenageadas desta forma pela sua contribuição com nossa comunidade. Então, é importante que mantenhamos ela bem cuidada e acessível a todos”, lembrou.
História
A carroça fúnebre foi fabricada por Frederico Fendrich, em 1934, sendo ele próprio o condutor até 1947, quando faleceu e foi também transportado por ela. Então, o veículo foi adquirido pela Prefeitura e teve outros condutores até 1976, quando foi aposentada. Somente em 1992, Herbert, filho de Frederico, descobriu a carroça e promoveu a sua restauração. Neste momento em que a peça foi exposta em frente ao Cemitério Municipal e permaneceu ali por mais de 30 anos, até 2023, quando levou os restos mortais do Padre Fidélis para a permanência na Igreja Puríssimo Coração de Maria.