Página Inicial | Colunistas | REVOLUÇÃO FEDERALISTA 25

REVOLUÇÃO FEDERALISTA 25

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

RESUMO DA EDIÇÃO PASSADA

O General Argolo, em São Bento do Sul, fizera seu quartel-general na casa do Dr. Wollf. Quando soube da chegada do General Piragibe retrocedeu suas tropas para Mafra. Mafra era um bairro de Rio Negro. O general Piragibe, não encontrando resistência em São Bento, partiu no encalço de Argolo na direção de Mafra.  Nesse ponto da história, vamos cortar caminho direto para Mafra onde ouve o primeiro confronto entre Maragatos e Pica-paus.

GUERRA EM MAFRA. 

Tropas federalistas vinham do Sul na direção de Mafra pelo caminho, hoje chamado de BR 116 e, alguns dos comandantes dessas tropas era, os temidos degoladores Juca Tigre e Adão de LaTorre. Outra tropa vinha de Joinville, passou por são Bento e rumava também para Mafra, comandada pelo General Piragibe. Assim, Mafra estava na encruzilhada dos confrontos que a seguir se realizariam entre soldado do governo Floriano e soldados Maragatos revoltosos.

CHEGADA DAS TROPAS FEDERALISTAS EM MAFRA

Maragato

Ao meio-dia do dia 15 de novembro de 1893, data na qual comemorava-se o 23° aniversário de emancipação política, as tropas de Argolo chegaram à Rio Negro, atravessam o rio pela balsa e acamparam no centro da Vila à espera dos federalistas que, chegariam ao Campo da Lança três dias depois. Argolo levou seus soldados para o alto do morro nas margens direita do rio Negro, onde estava o cemitério e ali prontificou suas tropas para o iminente combate. Depois de esperar por três dias, chegaram as tropas do Sul que, comandadas por Juca Tigre e Adão La Torre posicionaram seus canhões no alto do morro do outro lado do rio Negro. Na baixada, entre os dois morros estava a pequena vila Rio Mafra que ficou exatamente entre os dois exércitos.

COMANDANTES DOS MARAGATOS

Degola

Nesta famosa foto, já apresentada neste jornal em outra oportunidade, estão Juca Tigre, o terceiro da esquerda para a direita, aquele de barbas longas, e o degolador Adão La torre com a faca na mão que vai degolar o prisioneiro. Quando a neblina dissipou, os primeiros canhões dos federalistas despejaram fogo em direção ao morro contrário onde estavam os Republicanos. A população de Mafra caiu no desespero e tomada de pânico, começou a fugir para qualquer lugar mais seguro, pois ali as balas de canhões passavam por cima das suas cabeças.

(CONTINUA)


Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!