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REVOLUÇÃO FEDERALISTA 36

Considerações iniciais. Para contar a história da Revolução Federalista, desde o início até o fim, pesquisamos os escritos de pelo menos quinze historiadores, como Silva, Hapner, Carneiro, Zípperer, Raquel Thiago, Heinzelmamm, Polícia Militar do Paraná e outros e, deles, “sugamos” o mais plausível e fidedigno, visto que alguns são tendenciosos, puxam para um lado e […]

Por Jornal Liberdade 10 min de leitura

Considerações iniciais.

Para contar a história da Revolução Federalista, desde o início até o fim, pesquisamos os escritos de pelo menos quinze historiadores, como Silva, Hapner, Carneiro, Zípperer, Raquel Thiago, Heinzelmamm, Polícia Militar do Paraná e outros e, deles, “sugamos” o mais plausível e fidedigno, visto que alguns são tendenciosos, puxam para um lado e para outro, alimentandos, em suas narrações, suas posições ideológicas que fogem à veracidade contextual dos fatos. 

CANHONAÇOS DA AURORA AO CREPÚSCULO

OCUPAÇÃO DE CURITIBA PELOS FEDERALISTAS.                                                               Como a intenção dos federalistas era ocupar os Estados do Sul, avançar sobre São Paulo e tomar o poder no Rio de Janeiro, tomaram Santa Catarina e, depois no Paraná, renderam cidades como Tijucas, Paranaguá, Curitiba, Ambrózios (atual Tijucas do Sul) e Lapa. A ação federalista no Paraná se concentrou nos primeiros meses de 1894. Gumercindo Saraiva não encontrou resistência em Curitiba pois as suas autoridades civis e militares fugiram, deixando a cidade nas mãos dos revolucionários. O vice-governador do Estado, Vicente Machado, transferiu a Capital para Castro.

Curitiba, presa fácil. 

Com a tomada de Paranaguá, Tijucas do Sul e Lapa e a ausência de governador e força militar no Paraná, os rebeldes entraram facilmente em Curitiba. Segundo o estudioso Paulo Hapner, a evacuação das tropas legalistas provocou verdadeiro caos na cidade. Gumercindo Saraiva e Custódio de Melo não tiveram obstáculo. Os federalistas instalados em Curitiba exigiam dos moradores altas quantias em dinheiro como imposto para não saquearem a cidade. Chegaram a nomear um governador, coronel Teófilo Soares Gomes, que ficou somente quatro dias no poder. “Depois eles se reuniram em uma mansão que existia no bairro Alto da Glória e nomearam outro governador, o João Menezes Dória, que ficou até março”, relata Hapner.

POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ ENFRENTANDO OS MARAGATOS.

Para manter a ordem pública nessa cidade e tentar afastar Curitiba do caos, o Barão de Serro Azul, que era legalista e não fugiu da cidade, criou uma ‘Comissão Especial de Empréstimos de Guerra’, responsável por cumprir tais exigências de cobrança de impostos aos revolucionários. (SILVA, 2005, p. 199). 

Na próxima edição, contaremos como foi a tomada de Paranaguá, um pouco antes da invasão de Curitiba pelos revoltosos. Em Paranaguá, forças da Revolta da Armada (Marinha), que eram contra Floriano, fizeram das ruas da cidade um rio de sangue.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!