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REVOLUÇÃO FEDERALISTA 38

ALGUNS FATOS A SEREM CONSIDERADOS NA TOMADA DE PARANAGUÁ.

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

CHEGADA DOS NAVIOS

Depois de vencer a resistência na fortaleza da barra, após bombardeio de uma hora, surgem diante de Paranaguá o cruzador “República” e os navios armados “Esperança, Pallas e Urano”. O Íris chegou depois. A população civil, apavorada, abandona às pressas a cidade, deixando bens e haveres, para refugiarem-se nos sítios e chácaras da região do Embocuí e colônias, bem longe do teatro da guerra

MARINHEIROS FEDERALISTAS. ( foto ⬆️ )

Quando os marinheiros chegaram começaram a bombardear Paranaguá com tiros de canhões dos navios.

Os registros históricos dão conta de que houve um bombardeio na cidade, o qual durou várias horas de arrasador fogo de artilharia e, embora o objetivo militar fosse a orla marítima, algumas balas da artilharia pesada dos navios de guerra atingiram o centro urbano, causando consideráveis danos na sede do Club Literário, localizado nessa ocasião no sobrado da Rua XV de Novembro.

Depois desembarcou um grande número de marinheiros da Armada Naval que iniciou uma carnificina impiedosa na cidade.

Logo chegaram os maragatos de Gumercindo.

Cercados por todos os lados e com a ajuda de parte da população que não fujira que ajudou as tropas de Gumercindo saraiva, os defensores do governo foram exterminados todos. 

Sobre o cerco da Paranaguá vários historiadores entram em contrariedades nos seus relatos. Por exemplo, alguns afirmam que as tropas legalistas opuseram resistência até a chegada de reforços de Floriano. Pesquisamos sobre isso e, concluímos que jamais chegaram reforços para os legalistas republicanos. Não sobrou ninguém deles para contar a história.

RUA DE PARANAGUÁ. ⬆️

 O pesquisador Luiz Siqueira, analisando os arquivos da Mitra Diocesana, conta que “foram encontrados relatos de soldados feridos por metralhadora, falecidos e enterrados no cemitério do hospital. “Parece que é até intencional a ação de apagar a história de Paranaguá, pois este cemitério deveria ser preservado. A ação dos republicanos no poder em Paranaguá foi raspar a areia desse cemitério e jogá-la nos brejos da Costeira, ao lado do Rio da Independência, atualmente conhecido como Rio do Chumbo, devido à grande quantidade de projéteis de chumbo entranhada nas margens desse rio, durante a invasão de Paranaguá pela Armada”, disse.