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REVOLUÇÃO FEDERALISTA 39

REVIRAVOLTA NA REVOLUÇÃO Na edição passada vimos a cidade de Paranaguá atacada pelos canhões da marinha que era contra Floriano. Com a ajuda de parte da população que não fugira e mais as tropas de Gumercindo Saraiva que acabara de chegar, os defensores do governo foram exterminados todos. Depois, na tomada de Curitiba, já havia […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

REVIRAVOLTA NA REVOLUÇÃO

Na edição passada vimos a cidade de Paranaguá atacada pelos canhões da marinha que era contra Floriano. Com a ajuda de parte da população que não fugira e mais as tropas de Gumercindo Saraiva que acabara de chegar, os defensores do governo foram exterminados todos.

Depois, na tomada de Curitiba, já havia certa desorganização nos exércitos federalista por divergências interna ou de comandos, isso fez com que os revoltosos fossem impossibilitados de prosseguir na marcha até o Rio de Janeiro.

Aqueles 26 dias de luta na Lapa, deram tempo a Floriano para adquirir equipamentos no exterior, reabastecendo as tropas legalistas de São Paulo. Os federalistas se desorganizaram  por causa das diversas ideologias diferentes que evocaram os dirigentes. (SILVA, 2005, p. 199).

Nesse tempo, o avanço das tropas republicanas de São Paulo, que foram reforçadas por Floriano com soldados e equipamentos de guerra, avançaram sobre os legalistas e vieram prensando os federalistas, e de batalha em batalha, deu-se início à retomada legalista do Paraná e a revolução, aos poucos, foi sendo suprimida.  Muitos revoltosos se exilaram no Uruguai. Porém, esse momento, conforme Silva (2005, p. 199), deu lugar ao “ódio legalista da revanche”. Ao contrário do que possamos imaginar, as atrocidades foram cometidas de ambos os lados. Os revoltosos iniciaram fuga de volta para o Rio Grande do Sul e Uruguai de onde partiram para a guerra. Gumercindo Saraiva foi morto com um tiro quando se expôs no alto de um morro a fim de analisar o terreno no Paraná. Seu corpo foi levado e enterrado no Rio Grande do Sul. Mas, os legalistas descobriram o local da sepultura, desenterraram o cadáver e deceparam-lhe a cabeça e a levaram de presente como troféu para o Governador do Rio Grande do Sul que era seu inimigo. Note-se que Gumercindo já estava enterrado e não oferecia mais nenhum perigo opositor, então, o ato da degola do cadáver foi pura vingança selvagem. Ainda por muito tempo as selvagerias aconteceram pelos dois lados opositores.

Após a vitória legalista, muitas prisões e mortes aconteceram. A título de exemplo vale destacar o episódio do fuzilamento do Barão de Serro Azul, acusado de ter sido conivente com os revoltosos em Curitiba, caso que contaremos na próxima edição.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!