REVOLUÇÃO FEDERALISTA 41
A MORTE DO BARÃO DO SERRO AZUL (2) AS REVOLTAS COMEÇARAM COM A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. Quando Floriano afastou Deodoro, que tinha ideias monarquista contrárias à república, assumiu o poder. Mas, no Brasil, que era simpático à monarquia, estouraram violentas revoltas, como a da Marinha Brasileira que se revoltou no Rio de Janeiro e a […]
Por Jornal Liberdade 9 min de leitura
A MORTE DO BARÃO DO SERRO AZUL (2)
AS REVOLTAS COMEÇARAM COM A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA.
Quando Floriano afastou Deodoro, que tinha ideias monarquista contrárias à república, assumiu o poder. Mas, no Brasil, que era simpático à monarquia, estouraram violentas revoltas, como a da Marinha Brasileira que se revoltou no Rio de Janeiro e a Revolução Federalista no sul do Brasil, a qual estamos narrando. Nessa revolução, por ambos os lados, foram cometidas atrocidades, digamos, “demoníacas” e inconcebíveis para o entendimento comum. Por exemplo, milhares de degolas sádicas; pelos pescoços perfurados passados cordas amarradas em cavalos que arrastavam a vítima sob aplausos da “plateia”; pele do corpo retirada centímetro a centímetro até a morte do infeliz; enforcamentos que a família era obrigada a assistir, inclusive, até por longo tempo depois de encerrada a revolução, coisas malucas foram cometidas, como o cadáver de Gumercindo Saraiva desenterrado da sepultura, sua cabeça decepada e levada como troféu ao governador do Rio Grande de Sul que era seu inimigo político.
ÚLTIMOS MOMENTOS ANTES DA DEGOLA.
Assim, outras barbáries que, devido à ética, somos proibidos de narrar. Floriano Peixoto mandava matar todo e qualquer oponente à República. Na sua inconsistência, Floriano era impiedoso, violento e cometia muitas injustiças, como foi o caso da execução de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul.
O barão, na verdade, salvou a população de Curitiba de um massacre quando intermediou os negócios que os revoltosos exigiam. O barão do Serro Azul foi convocado pelos cidadãos para fazer um acordo com os revolucionários que protegesse a população de violências, saques e estupros. A Junta Governativa de Curitiba transformou-se em “Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra” com o propósito de arrecadar fundos para os rebeldes e com isso comprar a proteção da cidade. Embora o barão do Serro Azul e os comerciantes que apoiaram a comissão procurassem apenas evitar saques e desordens, seus atos os comprometeram como colaboradores com o movimento rebelde. Depois do fim da Revolução, Floriano, invertendo os fatos, o considerou traidor. Ele foi levado de trem à noite para Paranaguá, e no quilômetro 65, foi fuzilado e jogado na grota.
O Barão do Serro Azul foi tão importante para a História que, aproveitando este ponto onde ele interfere na Revolução, contaremos a trajetória da sua vida em dois capítulos.
Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!