REVOLUÇÃO FEDERALISTA (42)

VIDA E MORTE DO BARÃO DO SERRO AZUL (3)

A história de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, uma das figuras mais importantes da história de Curitiba, é bastante interessante devido o destaque e influência que ele teve na vida política, econômica e social do Paraná e do Brasil. Morador da capital, ele foi o maior produtor de erva-mate do mundo e foi o principal responsável por salvar a cidade dos ataques dos maragatos durante a Revolução Federalista. O feito foi tratado como traição e ele foi fuzilado covardemente, mas hoje o Barão está imortalizado como o único herói nacional do Paraná.

ERVA-MATE ALAVANCOU O PROGRESSO NO SUL DO BRASIL

Cursou Humanidades no Rio de Janeiro, e aos 24 anos de idade retornou para o Paraná onde
passou a se dedicar no comércio de erva-mate. Consolidou-se no ramo comercial –
principalmente após a construção da Estrada da Graciosa e a transferência de seus negócios
para Curitiba – Ildefonso passou a integrar a vida política local. Causou simpatia a Dom Pedro
II, elegeu-se deputado provincial, assumiu de forma interina o governo da Província do Paraná,
e exerceu a ideologia de abolicionista ao se tornar presidente da Câmara Municipal de
Curitiba. Homem intrépido e dinâmico, sempre criava situações que favorecessem as pessoas.
Em 1888, recebeu da Princesa Isabel o título de Barão do Serro Azul por sua importância como
homem público. Como ervateiro, o Barão participou ativamente de diversos processos da
exportação, como por exemplo, assumindo a antiga Typograhia Paranaense (futura
Impressora Paranaense) visando aprimorar a confecção das embalagens da erva-mate
vendida.
a erva-mate veio com os índios Guaranis antes da metade do século XVI. Até 1632 a
extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guairá,
território que abrangia o Paraná. Os jesuítas espanhóis disseminaram o consumo da erva-
mate para outras regiões.

PÁTIO INTERNO DO SOLAR DO BARÃO.