Página Inicial | Colunistas | REVOLUÇÃO FEDERALISTA (43)

REVOLUÇÃO FEDERALISTA (43)

A MORTE DO BARÃO DO SERRO AZUL (4) O tempo perdido pelos maragatos durante o cerco da Lapa permitiu que as tropas legalistas se agrupassem e recebessem reforços ao norte Curitiba em Itararé, na divisa São Paulo–Paraná e reocupassem Curitiba. O novo governador do Paraná, Vicente Machado da Silva Lima, anunciou o estado de sítio. Os […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

A MORTE DO BARÃO DO SERRO AZUL (4)

O tempo perdido pelos maragatos durante o cerco da Lapa permitiu que as tropas legalistas se agrupassem e recebessem reforços ao norte Curitiba em Itararé, na divisa São Paulo–Paraná e reocupassem Curitiba. O novo governador do Paraná, Vicente Machado da Silva Lima, anunciou o estado de sítio. Os maragatos fugiram para o Rio Grande do Sul.

FOTO 1 – GRÁFICA PARANAENSE DE PROPRIEDADE DO BARÃO.

O barão tinha várias empresas.

 O novo comandante do Distrito Militar demitiu funcionários públicos, buscou e capturou  pessoas acusadas de colaborar com os maragatos. As prisões ficaram tão cheias que o teatro São Teodoro foi transformado em presídio. Várias pessoas foram fuziladas.

No dia 9 de novembro de 1893, o barão de Serro Azul foi preso com outros cinco de seus companheiros. 

Muitos políticos do Paraná tentaram livrar o barão de Serro Azul e seus companheiros da prisão. O general Éwerton de Quadros, temendo uma fuga ou a desmoralização de seu comando, ordenou a execução do barão de Serro Azul e seus amigos.

FOTO 2 – A BARONEZA AJUDAVA O BARÃO NOS NEGÓCIOS.

Execução

Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, os seis prisioneiros foram retirados e levados de trem para Paranaguá.

O comboio parou no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, perto do pico do Diabo da serra do Mar, onde há um alto despenhadeiro. Os presos começaram a ser arrastados para fora do vagão pelo pelotão de escolta. Mato Guedes atirou-se pela janela do trem, mas recebeu uma descarga da fuzilaria e rolou pelo precipício. Balbino de Mendonça, agarrando-se ao vagão, teve os braços quebrados a coronhadas, e foi abatido a tiros de revólver. O barão do Serro Azul recebeu um tiro na perna e caiu de joelhos. Propôs então dividir sua fortuna com os oficiais da escolta se fosse poupado, porém tombou com uma bala na testa.

 Os corpos foram abandonados no local. Somente no dia seguinte a polícia de Piraquara foi avisada da existência de cadáveres na serra. Há controvérsias se o corpo do barão foi jogado na grota ou não, há evidências que sim.

Na próxima edição veremos como foi o resgate do corpo do barão pelos seus amigos que o trouxeram de volta à Curitiba às escondidas com medo de repressão. 

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!