REVOLUÇÃO FEDERALISTA 44
OS OSSOS DO BARÃO O corpo de Ildefonso Pereira Correia foi resgatado pela Expedição da Amizade um ano depois do seu fuzilamento na Serra do Mar. O resgate foi uma verdadeira saga: às escondidas, dez homens gastaram 13 dias para pegar o cadáver e levá-lo ao Cemitério Municipal de Curitiba. Há dúvidas se ele foi […]
Por Jornal Liberdade 8 min de leitura
OS OSSOS DO BARÃO
O corpo de Ildefonso Pereira Correia foi resgatado pela Expedição da Amizade um ano depois do seu fuzilamento na Serra do Mar. O resgate foi uma verdadeira saga: às escondidas, dez homens gastaram 13 dias para pegar o cadáver e levá-lo ao Cemitério Municipal de Curitiba.
Há dúvidas se ele foi enterrado exatamente no mausoléu do Barão do Serro Azul no Cemitério Municipal
Uma passada rápida pelo Cemitério Municipal de Curitiba dá uma ideia de como a história da morte e sepultamento do Barão do Serro Azul, ainda é confusa. Há quem diga que ele não está enterrado ali e que o mausoléu é apenas uma homenagem. Outros comentam que o corpo teria sido levado ao Rio de Janeiro ou ainda ficou abandonado na Serra do Mar, onde ele foi morto. A verdade, escondida durante anos por motivos políticos, está estampada em um documento escrito pelo coronel Luiz Victorino Ordine, em 1913. Ele foi o responsável por enterrar o barão duas vezes. Coronel Ordine narra como conseguiu colocar clandestinamente o corpo do barão em uma das tumbas do cemitério municipal. Os ossos estão na quadra de número 4.543.
Amigos leitores. A História do resgate do barão é bastante confusa porque uma porção de historiadores contrastam dados, datas e situações.
Nós fizemos um levantamento de evidências e dados e chegamos à conclusão que as versões mais aproximadas da verdade são as do Coronel Luiz Victorino Ordine e da cientista política Mônica Helena Harrich Silva Goulart por isso, vamos basear nossos relatos nas versões deles e, para tal, faremos uso ainda de, pelo menos, mais duas edições, inclusive esta.
Não esqueçam, leitores, que naqueles anos os confrontos políticos era acirrados, bélicos e resolvidos nos campos de batalhas com muito sangue derramado tanto dos republicanos como dos contrários. Nem a população escapava das degolas, dos fios das espadas e dos fuzilamentos.
O barão foi fuzilado na reviravolta da reconquista de Curitiba pelos pica-paus (republicanos), então, qualquer movimento para lá e para cá, qualquer comentário político a favor ou contra este ou aquele poderia resultar em assassinato político com a maior facilidade. E foi em meio de tanta discórdia que se deu o resgate do corpo do barão, inclusive, os resgatadores poderiam também ser fuzilados. (Continua)
Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!