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REVOLUÇÃO FEDERALISTA (46)

RESGATE DOS OSSOS DO BARÃO DO CERRO AZUL Depois de fuzilado na serra, dentro de um vagão de trem, o corpo do barão e dos seus amigos foi abandonado à beira da ferrovia. Ocorridos 5 dias, alguns amigos de Curitiba foram ao local e sepultaram os corpos à beira da linha férrea. Os corpos de […]

Por Jornal Liberdade 8 min de leitura

RESGATE DOS OSSOS DO BARÃO DO CERRO AZUL

  1. SOLAR DO BARÃO EM CURITIBA. 

Depois de fuzilado na serra, dentro de um vagão de trem, o corpo do barão e dos seus amigos foi abandonado à beira da ferrovia. Ocorridos 5 dias, alguns amigos de Curitiba foram ao local e sepultaram os corpos à beira da linha férrea. Os corpos de barão e do seu amigo comerciante, Preciliano Correa, foram enterrados no lado direito dos trilhos para serem identificados, porque era intenção, mais tarde, desenterra-los e leva-los a Curitiba para dar-lhes um túmulo mais digno. Foi assim que, um ano depois da sua morte, a pedido da baronesa, alguns amigos tentaram junto às autoridades licença para transportar os restos mortais do barão para Curitiba, mas estranhamente foi-lhes negado o pedido sob aparvalhada alegação que os corpos não poderiam ser profanados. Então dez amigos do barão agiram às escondidas. Mesmo sob risco de sérias consequências, prisão ou mesmo fuzilamento, desceram a serra e desenterraram o corpo do barão. Essa operação de risco levou 13 dias para ser concluída, iniciou no dia 3 de maio, com abertura de picada na serra do mar para chegar até o local e, para complicar, o caboclo que conhecia a serra e ajudava na abertura da picada foi morto por uma picada de cobra venenosa. Frequentemente tinham que se esconder para não serem descobertos. O trabalho de camuflagem da sepultura para não ser notada sua abertura e a remoção do cadáver era lento e tinha que ser cuidadoso ao extremo. Com a ajuda de funcionários da estação ferroviária de Curitiba, conseguiram uma maria-fumaça com um vagão que voltou com os restos do barão coberto com madeira e capim para ocultar o verdadeiro objetivo da missão. Com grandes precauções o barão foi colocado em um túmulo no cemitério municipal no dia 15 de maio às 19h, já noite.

  1. MONUMENTO AO BARÃO EM CURITIBA.

Meus amigos, a história da Revolução Federalista está chegando ao fim e teremos só mais um capítulo para concluir essa reportagem.

Queremos convidá-los a ler a homenagem ao Aniversário de 143 anos de Fundação de Rio Negrinho (se é que ainda não o fizeram) que publicamos neste mesmo jornal impresso sob o n°577, página 9, da semana passada.

Obrigado! Um abraço de Celso e outro de Mariana!